Efacec vendida ao candidato que dá “sustentabilidade no futuro”, diz ministro da Economia

Fundos interessados não terão no horizonte desenvolver da Efacec no longo prazo. Costa Silva valoriza “base de sustentabilidade para a empresa no futuro, conservando o projeto industrial e o emprego”.

O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva adiantou esta quarta-feira que “está para breve uma resolução do conselho de ministros para a decisão” relativa à reprivatização da Efacec, sem confirmar se a decisão será tomada já na próxima reunião do Executivo.

Em declarações à margem do Fórum Económico Portugal – Angola, no Porto, António Costa Silva garantiu que “vai ser uma boa decisão” e que “pelo menos vai dar uma base de sustentabilidade para a Efacec no futuro, conservando o projeto industrial e o emprego, e preparando a empresa para ter um novo fôlego e se reinventar”.

Das quatro propostas em cima da mesa para a compra de 71,73% da Efacec, três são de fundos – a portuguesa Oxy Capital, a norte-americana Oaktree e a alemã Mutares — que nos respetivos modelos de negócios não contemplam o desenvolvimento da empresa, segundo o Jornal de Negócios. Um deles impõe como condição um Plano Especial de Revitalização (PER) prévio, enquanto os outros dois preveem a venda da empresa ao fim de cinco anos.

Questionado sobre esse cenário, o governante não quis “fazer especulações”, salvaguardou que “há várias propostas interessantes” e que o Executivo vai “escolher a mais interessante e que dá mais condições para a empresa manter o seu projeto industrial, desenvolvê-lo e alavancar tudo aquilo que são as suas valências e, sobretudo, os produtos da Efacec”. “Acho que vamos articular os instrumentos que vão permitir à empresa ter o melhor caminho para o futuro”, acrescentou.

Mudar a mentalidade dos funcionários públicos

Já sobre a taxa de execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), criticada num recente relatório do Conselho de Finanças Públicas, António Costa Silva sublinhou que cerca de 74% das verbas já estão “alocadas e decididas”. Admitindo, porém, que é preciso “melhorar substancialmente na questão dos pagamentos”, em que a taxa de execução ronda apenas os 11%.

“A minha grande preocupação é que o país está habituado a executar entre 2.500 e 3.000 milhões de euros por ano de fundos europeus, no máximo. E agora vamos ter mais do dobro. E olhando para a administração pública, tem lugares de excelência e outras que funcionam menos bem. Temos de melhorar o paradigma e a atitude mental [na função pública], para estar muito mais perto das empresas e responder em termos dos pagamentos”, completou o ministro da Economia e do Mar.

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