PSD ainda não recebeu respostas de Costa. “É mais um episódio de degradação institucional”, diz Montenegro

Líder do PSD afirma que as respostas do primeiro-ministro, noticiadas pela imprensa, ainda não chegaram aos grupos parlamentares. Montenegro fala em mais um episódio de "degradação institucional".

O presidente do PSD afirmou esta quinta-feira que até ao início da tarde o partido não tinha ainda recebido as respostas dadas pelo primeiro-ministro sobre a atuação do SIS durante os incidentes no Ministério das Infraestruturas, que já foram noticiadas pela comunicação social. Luís Montenegro diz que é “mais um episódio de degradação institucional da vida política portuguesa” e uma atitude provocatória.

“Ainda não recebi essas respostas, nem o grupo parlamentar do PSD”, afirmou o líder social-democrata, em declarações transmitidas pelas televisões. “A primeira nota que queria dar e lamentar é que também na resposta às perguntas que foram transmitidas ao senhor primeiro-ministro através da Assembleia da República, haja mais um episódio de degradação institucional da vida política portuguesa”, criticou.

“Não compreendo como até à hora em que vim para aqui e à hora a que estou a sair deste evento, o gabinete do primeiro-ministro não tenha informado o Parlamento, a mesa da Assembleia da República e os grupos parlamentares, ao mesmo tempo que toda a imprensa já tem aquelas que aparentemente são as respostas do primeiro-ministro“, continuou Luís Montenegro.

Lamento profundamente esta forma de atuar que vem, quase com estilo provocatório, avolumar a degradação institucional que o Governo tem promovido nos últimos meses em Portugal”, disse o presidente do maior partido da oposição.

Luís Montenegro não quis tecer ainda comentários ao conteúdo das respostas do primeiro-ministro, mas não resistiu a fazer uma primeira apreciação genérica. “Se as respostas que foram enviadas ao Parlamento forem aquelas que circulam na comunicação social, reina a confusão no Governo de Portugal”, atirou.

O grupo parlamentar do PSD entregou na quarta-feira um requerimento com 15 perguntas ao primeiro-ministro sobre a sua eventual participação no acionamento do Serviço de informações de Segurança (SIS) para recuperar o computador do ex-adjunto do ministro João Galamba, na noite de 26 de abril.

O prazo era de 30 dias mas o primeiro-ministro não perdeu tempo a responder às 15 perguntas endereçadas. António Costa afirma nas repostas conhecidas esta quinta-feira que a ação do SIS na recuperação de um computador levado do Ministério das Infraestruturas não envolveu qualquer autorização sua nem resultou de sugestão do seu secretário de Estado Adjunto, Mendonça Mendes.

As respostas, muitas delas curtas, não esclarecem algumas dúvidas, nomeadamente se António Costa falou ou não com o seu secretário de Estado Adjunto sobre a intervenção do SIS na noite dos incidentes no Ministério das Infraestruturas.

(Notícia atualizadas às 14h05)

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