Investidores respondem a indecisão eleitoral com maré vermelha em Madrid

  • ECO
  • 24 Julho 2023

O IBEX 35 é o índice acionista que mais cai na Europa, como resposta à indefinição dos resultados eleições legislativas. Mas a onda vermelha que assola Madrid vai para lá de Espanha.

Os investidores não receberam com agrado os resultados das eleições legislativas espanholas que, pelo menos para já, foram incapazes de apontar uma clara definição sobre que partido será capaz de formar governo.

O preço da incerteza é dado com uma queda de 0,7% do IBEX 35 para os 9.505 pontos (depois de já ter estado a negociar com uma perda de 1,71%), que tornam o índice acionista da bolsa espanhola na lanterna vermelha entre os principais índices da Zona Euro — nos últimos três meses, apenas por duas ocasiões o principal índice acionista da bolsa espanhola encerrou uma sessão a perder mais de 1,3%.

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“As próximas semanas serão marcadas pela enorme especulação sobre a formação de um novo bloco de esquerda ou a repetição das eleições”, refere a XTB numa nota enviada aos seus clientes, notando que “a maior preocupação dos investidores é que seja garantida a formação de um governo sólido que possa garantir um quadro jurídico e fiscal estável durante a próxima legislatura.

Das 35 empresas que compõem o principal índice da bolsa de Madrid, apenas 12 estão atualmente negociar em terreno positivo. As mais penalizadas são a Endesa e a Indra, que negoceiam atualmente a perder 3,19% e 3,11%; e ainda os bancos Sabadell, Bankinter e Unicaja Banco, que estão a perder 2,67%, 2,02 e 2,08%, respetivamente.

“O índice IBEX 35 de Madrid traz, sem surpresas, o pior desempenho da Zona do Euro, pressionado por ações cíclicas de consumo e ações financeiras. Ao mesmo tempo, uma forte recuperação das ações de tecnologia e imóveis impediu que o mercado caísse muito mais baixo até agora“, refere Pierre Veyret, analista técnico da ActivTrades.

No entanto, a onda vermelha que está a assolar o IBEX 35 não é exclusiva da bolsa espanhola. Praticamente toda a Europa essa a negociar com perdas após ter sido tornado público os dados do falsh PMI da Zona Euro, que mostram uma forte contração da economia e do mercado de emprego.

No mercado de dívida, a pressão dos investidores a pressão é menos sentida, com a yield da generalidade das obrigações a mostrar uma correção em toda a curva de rendimentos e o spread dos títulos a 10 anos face às obrigações alemãs semelhantes a manter-se acima dos 100 pontos base.

Atualmente, as obrigações soberanas a 10 anos estão a negociar com uma yield de 3,43% e os títulos a 2 anos anos transacionam no mercado secundário com uma taxa de rendibilidade média de 3,39%.

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