Fundos imobiliários com ganhos de 4,3% em 2023 e acima da média dos últimos três anos

  • Ana Petronilho
  • 14 Agosto 2023

Em junho, os fundos imobiliários abertos atingiram uma rendibilidade média de 4,3% nos últimos 12 meses, conseguindo um retorno acima da média dos últimos três anos, fixada em 4%.

Entre junho de 2022 e de 2023, os fundos imobiliários abertos atingiram uma rendibilidade média de 4,31%, conseguindo um retorno acima da média dos últimos três anos, fixada em 4,04%, mostram os dados mais recentes da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).

Entre os fundos abertos de acumulação a média de rendibilidade é de 4,46%, sendo que em junho aquele com o maior retorno gerado para os seus subscritores foi o Imonegócios, ao contabilizar um desempenho de 9,58% desde o início do ano. Este é um dos fundos da Parvalorem que gere a carteira de imóveis que eram da propriedade do BPN, nacionalizado em 2008.

Segue-se o Property Core Real Estate Fund, comercializado pelo banco Best e gerido pela Square Asset Management, que tem em mãos o maior portefólio de ativos imobiliários no país, com uma rendibilidade de 6,84% anual.

O top 3 fica completo com o AF Portfólio Imobiliário, o fundo gerido pela Interfundos do Millennium bcp, que registou uma rendibilidade de 5,15%.

Já os fundos abertos de rendimento têm em junho um retorno médio de 3,89%. A liderar está um dos fundos do Estado, criado em 2010 e gerido pela Fundiestamo e comercializado pelo BPI, o Imopoupança, com um ganho de 5,40%. Segue-se o Fundimo da Caixa Geral de Depósitos, com 4,94% de rendibilidade anual e, por fim, o Imofid da Fidelidade com 4,17%.

Os dados da APFIPP mostram ainda que, desde o início do ano, a Crédito Agrícola Gest – que gere dois fundos – é a sociedade que regista o maior crescimento, em termos percentuais, com 602,6% (102 milhões de euros). Já a Sierra IG, da Sonae e que tem em carteira cinco fundos, teve o maior aumento em valores absolutos, com 382,8 milhões de euros, crescendo 153,3%.

O valor líquido dos imóveis detidos pelos 206 fundos com atividade em Portugal ascende a 11.269,9 milhões de euros, o que representa uma subida de 0,7% face ao mês anterior. Desde o final de 2022, verifica-se um aumento de 1,6% do valor do património dos fundos imobiliários, sendo que o valor ainda sobe para 13,6% quando comparado com os últimos 12 meses.

Entre as várias categorias dos fundos, a que apresenta o maior volume de ativos sob gestão é a dos fundos fechados com 6.608,5 milhões de euros, seguida pela dos fundos abertos de rendimento com 2.455,1 milhões de euros e pela dos fundos abertos de acumulação com 1.801 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Fundos imobiliários com ganhos de 4,3% em 2023 e acima da média dos últimos três anos

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião