Carlos Moreira da Silva negoceia entrada na Quinta do Vallado
O empresário deverá comprar metade do capital da Quinta do Vallado através da sua holding pessoal, a Teak Capital, e quer manter a equipa de gestão.
A Teak Capital, holding do empresário Carlos Moreira da Silva, está a negociar a compra de metade do capital da Quinta do Vallado, uma das quintas mais antigas do Vale do Douro e propriedade dos descendentes de Dona Antónia Adelaide Ferreira. O objetivo do empresário é permitir o aumento da internacionalização do Vallado, revelou ao ECO uma fonte conhecedora das negociações.
O negócio não está ainda concluído, os números do negócio também não são conhecidos, mas será fechado pela holding pessoal de Carlos Moreira da Silva e não pela BA Glass, a antiga Barbosa & Almeida — notícia que tinha sido avançada pelo jornal Público. O empresário quer assim manter os atuais gestores da Quinta do Vallado, João Ferreira Álvares Ribeiro, presidente executivo, e o administrador Francisco Ferreira e do enólogo Francisco Olazábal.
De acordo com informação oficial, a Quinta do Vallado tem 10 hectares de vinhas velhas plantadas entre as décadas de 1920 e 1950, nas quais se destacam a Vinha da Granja, 1929, e a Vinha da Coroa, 1958. Os restantes 55 hectares de vinha foram plantados mais recentemente na década de 1990.
Recentemente, em entrevista ao Jornal de Negócios, o empresário revelou que “o valor dos ativos da Teak Capital é mais 50% do que era em 2019 e a BA só representa 75%“. E deixava saber que, depois da aquisição da Cerealis, em 2021, estacm outros investimentos na calha, A Teak Capital tem a posição acionista na BA Glass, que controla em parceria com a família Silva Domingos. Ainda recentemente, a BA Glass avançou para a compra de uma operação no México, depois de um exercício de 2022 em que bateu um novo recorde de vendas, superior a 1,4 mil milhões de euros, dirigidas a um total de 70 mercados, “refletindo basicamente” o aumento dos preços.
No último relatório e contas, o grupo que a 31 de dezembro de 2022 empregava 4.012 pessoas (vs. 3.990 em 2021), um terço das quais em Portugal, declara que a redução da rentabilidade do negócio face a 2021 foi influenciada principalmente “pelo disparo nos preços da energia e pela inflação generalizada que impactou os custos gerais de produção”. O aumento verificado nas despesas em 2022, associado sobretudo à energia e às matérias-primas, foi estimado em mais de 300 milhões de euros. Em 2022, assinala no mesmo documento, a margem EBITDA foi de 22,6%, a mais baixa dos últimos 15 anos.
A BA Glass produz 11 mil milhões de garrafas e recipientes por ano – comida (31%), cerveja (28%) e vinho (18%) são os segmentos que mais pesam no negócio.
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