Suíça Zühlke entra no Tranquilidade do Porto com 100 pessoas e investimento de quatro milhões

Tecnológica Zühlke investe quatro milhões num escritório com 1.000 m2 no conhecido Edifício Tranquilidade. Suíços vão contratar mais 30 até final do ano e chegar à centena de profissionais no Porto.

Com um centro global de desenvolvimento instalado no Porto desde 2021, o terceiro do grupo depois de abrir na Sérvia em 2013 e na Bulgária em 2018, a tecnológica Zühlke decidiu investir quatro milhões de euros na mudança para um novo escritório com cerca de 1.000 metros quadrados e capacidade para mais de uma centena de colaboradores na cidade Invicta.

A multinacional suíça arrancou as operações em Portugal num pequeno espaço de trabalho partilhado (cowork) e menos de cinco pessoas, e conta atualmente com 70 profissionais. Até dezembro quer contratar mais 30 e chegar aos 100 após dois anos e meio no país. “Estamos a reforçar a equipa com perfis tecnológicos e não tecnológicos que nos permitam continuar a desenvolver projetos disruptivos com criatividade, rigor e espírito de equipa”, diz ao ECO a diretora-geral, Mariana Salvaterra.

Mariana Salvaterra, diretora-geral da Zühlke Portugal

O novo escritório da Zühlke fica no emblemático Edifício Tranquilidade, como é conhecido este prédio com 13 pisos em frente ao Palácio de Cristal, por ostentar o símbolo da seguradora que é ainda a principal inquilina. O imóvel de 13 mil metros quadrados, que adotou oficialmente o nome da rua em que está situado (D. Manuel II), foi vendido em 2019 pelo fundo imobiliário Imoprime à holandesa NIPA Capital e, dois anos depois, comprado pelos espanhóis da Incus Capital

“O processo de procura demorou cerca de um ano. (…) Esta mudança envolve todo o investimento que fizemos no espaço e que se estende pelos próximos anos, nomeadamente nos projetos para assegurar condições de trabalho e de circulação a todos os colaboradores, assim como no arrendamento prolongado desta que é a nova casa da Zühlke em Portugal”, conta Mariana Salvaterra, que em agosto foi nomeada diretora de Software Excellence dos três centros globais de engenharia da consultora tecnológica.

A partir de Portugal, a consultora tecnológica desenha soluções end-to-end de software para clientes em diferentes setores, como seguros, telecomunicações, retalho ou consumo. Embora tenha apenas um escritório no país e a maioria da equipa esteja no Porto, o modelo de trabalho flexível e híbrido que adotou tem “alargado as oportunidades a outras zonas do país”, com destaque para a contratação de “alguns colaboradores” na região de Lisboa. Por outro lado, metade da equipa é estrangeira, acolhendo também pessoas de outros escritórios europeus ao abrigo dos programas de mobilidade do grupo.

“O escritório tem capacidade para mais de 100 colaboradores e foi projetado de raiz de forma a permitir-nos acolher o que é o futuro do trabalho, marcado pela colaboração entre equipas, flexibilidade na gestão dos horários de trabalho e nas modalidades de cooperação entre colegas, melhor integração entre a vida profissional e pessoal, desafiando a conceção do escritório mais tradicional. É certo que temos salas de reunião e mesas de trabalho, mas todos os espaços têm um caráter híbrido, multifuncional, para abraçar as diferentes formas de trabalho que já acolhemos e continuaremos a fomentar no futuro”, descreve Mariana Salvaterra.

Encontrámos em Portugal três fatores essenciais à abertura de um novo centro de engenharia: o acesso a talento com qualificação de excelência, o espírito de inovação e a abertura a uma cultura multinacional e multidisciplinar.

Mariana Salvaterra

Diretora-geral da Zühlke Portugal

Formada em Engenharia Informática e Computação pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), a diretora-geral da Zühlke Portugal diz ter encontrado no país três fatores que são “essenciais” para a abertura de um hub de engenharia. A começar pelo acesso a talento – “a qualidade da oferta formativa na área tecnológica [faz] do Porto um centro que atrai cada vez mais empresas, nacionais e estrangeiras, e que assim valorizam o talento local” – e prosseguindo com “o espírito de inovação e a abertura a uma cultura multinacional e multidisciplinar”.

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