Forças Armadas israelitas continuam a expandir operação terrestre em Gaza
Israel continua a expandir a sua operação terrestre em Gaza com infantaria e veículos blindados apoiados por "ataques massivos", aéreos e marítimos, disse hoje o porta-voz militar israelita.
Israel continua a expandir a sua operação terrestre em Gaza com infantaria e veículos blindados apoiados por “ataques massivos”, aéreos e marítimos, disse o porta-voz militar israelita.
O porta-voz militar das Forças de Defesa de Israel, contra-almirante Daniel Hagari, disse que “as forças ainda estão no terreno e dão continuidade à guerra”.
Anteriormente, as tropas israelitas estavam a realizar breves incursões terrestres noturnas, antes de regressarem a Israel.
Este sábado, os militares divulgaram vídeos a mostrar colunas de veículos blindados movendo-se lentamente em áreas de Gaza, a primeira confirmação visual de tropas terrestres, além de aviões de guerra que bombardearam dezenas de túneis e ‘bunkers’ subterrâneos do grupo islamita palestiniano Hamas.
Esta decisão representa mais uma escalada na campanha de Israel para eliminar o grupo islamita que governa a Faixa de Gaza, após a incursão do Hamas no sul de Israel há três semanas, e um novo sinal de que poderá estar próxima uma invasão total de Gaza.
Na sexta-feira à noite, Hagari já havia dito que as forças terrestres estavam a “expandir a sua atividade” em Gaza e a “agir com grande força (…) para alcançar os objetivos da guerra”.
Israel deslocou centenas de milhares de soldados ao longo da fronteira.
Entre a noite de sexta-feira e sábado, aviões de guerra atingiram 150 túneis e ‘bunkers’ subterrâneos no norte de Gaza, disseram os militares. As extensas instalações subterrâneas do Hamas, muitas delas localizadas sob a cidade de Gaza, no norte do território, são vistas como alvos-chave da ofensiva militar de Israel.
Como parte do bombardeamento intensificado, Israel também interrompeu as comunicações na sexta-feira e criou um quase ‘blackout’, isolando em grande parte o contacto com o mundo exterior dos 2,3 milhões de pessoas sitiadas em Gaza.
Já mergulhados na escuridão depois de grande parte da eletricidade ter sido cortada há semanas, os palestinianos foram isolados, amontoados em casas e em abrigos, com o abastecimento de comida, água e combustível a esgotar-se.
As tentativas de entrar em contacto com os residentes de Gaza por telefone não tiveram sucesso na manhã de hoje.
O gabinete de comunicação do Hamas relatou fortes confrontos noturnos com forças israelitas em vários locais, incluindo o que disse ser uma incursão de Israel a leste do campo de refugiados de Bureij, no centro da Faixa de Gaza.
Questionados sobre este episódio, os militares israelitas reiteraram hoje estarem a realizar ataques direcionados e ampliando os ataques com o objetivo de “preparar o terreno para futuras fases da operação”.
Hagari afirmou hoje que vão aumentar os “esforços humanitários” e que mais camiões com ajuda humanitária entrarão no sul da Faixa de Gaza.
“A todos os residentes de Gaza que se mudaram para o sul da Faixa de Gaza, vamos aumentar os nossos esforços humanitários”, sublinhou Hagari.
Por outro lado, as famílias dos reféns do grupo islamita Hamas detidos na Faixa de Gaza, na sua maioria israelitas, manifestaram-se hoje preocupadas e exigiram explicações ao Governo de Telavive, após os intensos bombardeamentos do exército contra este território palestiniano.
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