Lucro da NOS recua 1,6% para 126,3 milhões de euros até setembro

Excluídos os ganhos extraordinários com a venda de torres, os resultados da operadora de telecomunicações encolheram até setembro face aos 128,4 milhões registados no período homólogo do ano passado.

A Nos lucrou 126,3 milhões de euros entre janeiro e setembro, um recuo de 1,6% face aos resultados líquidos de 128,4 milhões de euros registados no período homólogo do ano passado, segundo o relatório enviado esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A operadora de telecomunicações, liderada por Miguel Maia, explica que a quebra apurada foi expurgada dos efeitos das mais-valias com a venda de torres de telecomunicação em 2022. Se estes ganhos fossem incluídos nas contas do ano passado, a descida teria sido bem superior, de 34%.

Apesar da quebra nos lucros, Miguel Maia, indica que, “nos primeiros nove meses do ano, a NOS apresenta resultados operacionais robustos, com crescimento na base de clientes em todos os segmentos do negócio de telecomunicações”.

Assim, as receitas consolidadas do grupo cresceram 5,3% para 1.183 milhões de euros, com destaque para as telecomunicações que subiram 3,9% para 1.131,6 milhões de euros, com o aumento do número de serviços, nomeadamente nos móveis pós-pagos.

No setor audiovisual e de cinema, as vendas aumentaram 23,5% para 77,2 milhões de euros. As bilheteiras dos cinemas renderam 6,3 milhões de euros, entre janeiro e setembro, um impulso de 45,2% em comparação com o mesmo período do ano passado, sobretudo devido ao fenómeno “Barbenheimer”, ou seja, do sucesso dos filmes “Barbie” e Oppenheimer” que, em conjunto, atingiram 1,45 milhões de espectadores.

A empresa conclui que o terceiro trimestre “foi o melhor de sempre na NOS Cinemas, tendo vendido mais de 2,8 milhões de bilhetes, ultrapassando o terceiro trimestre de 2019”. Para este resultado, contribuíram não só os êxitos de bilhética acima mencionados como também as películas “Missão Impossível” e “Elemental”.

O EBITDA consolidado, que diz respeito aos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, consolidado evoluiu 10,6% para 553 milhões de euros, com o EBITDA das telecomunicações a atingir 516,3 milhões, 10,3% acima do ano anterior.

A NOS destaca ainda que, nos primeiros nove meses do ano, investiu 292 milhões de euros no reforço da cobertura de redes de última geração. “Este investimento incluiu a cobertura da totalidade das ilhas dos Açores e da Madeira com 5G”, de acordo com a nota enviada à CMVM.

“Em setembro, a rede 5G da NOS contava já com mais de 4.200 estações base instaladas e cobria 91% da população portuguesa, valor que compara com 81% da população coberta com 5G na UE a 27”, assinala a operadora.

A dívida líquida da NOS agravou-se em 12,9% para os 1.763,3 milhões de euros no final de setembro, em comparação com o período homólogo quando estava em 1.561,8 milhões de euros

(Notícia atualizada às 17h29)

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