Banco CTT espera que BdP aprove entrada do grupo italiano Generali no capital ainda este ano
O acordo para a entrada da Generali no Banco CTT foi anunciado há um ano, mas ainda aguarda a aprovação do Banco de Portugal. CEO dos CTT diz que espera o 'OK' ainda este ano.
Os CTT esperam que possam ver a entrada da Generali/Tranquilidade no capital do Banco CTT aprovada pelo Banco de Portugal ainda em 2023, afirmou esta sexta-feira João Bento, CEO do operador postal que ainda é o acionista único do banco.
A 7 de novembro de 2022, os CTT anunciaram ao mercado que o grupo segurador italiano Generali comprou uma participação de cerca de 8,71% do Banco CTT através de um aumento de capital de 25 milhões de euros. Na mesma altura, a Generali disse que, com a subsidiária assume a ambição de consolidar a sua posição no mercado segurador português, dado que o acordo pressupõe a distribuição de seguros de vida e de ramos reais da Tranquilidade pelos CTT e pelo Banco CTT, através de contratos de distribuição de longo prazo, com períodos de exclusividade renováveis de cinco anos.
Volvido um ano, no entanto, o negócio continua a aguardar a aprovação do regulador português, algo que João Bento diz poder estar para breve.
O CEO dos CTT recordou que banco “tem talvez dois eventos muito significativos no final deste ano, um que é garantido e que é o fecho formal da relação com o Cartão Universo, e tem portanto um ganho de liquidez e uma alteração com algum impacto no modelo de negócio e reafirma-se como um banco simples e democrático e para qual já convocou em sete anos 700 mil clientes”.
João Bento adiantou que “o segundo momento que poderá acontecer até ao final do ano, que poderá acontecer a qualquer momento, é a entrada do grupo Generali com o aumento de capital“.
Recordou ainda que os CTT a 27 de setembro anunciaram a nova estratégia do banco, que incluindo esses dois passos e à boleia das subidas das taxas de juro, permite reforçar as metas crescimento até 2025, querendo agora atingir 750 mil contas, num crescimento da base de clientes que permitirá obter um volume de negócios de sete mil milhões de euros nos próximos dois anos.
Em relação aos Certificados de Aforro, produtos de dívida pública que podem ser subscritos através da rede do Banco CTT, João Bento forneceu mais detalhes sobre as novas mudanças que o IGCP poderá implementar. O presidente executivo dos CTT tinha dito que aguarda, depois das alterações promovidas pelo IGCP, instituição que gere a dívida pública, aguardava com “expectativa” que as condições e o montante máximo de subscrição voltem a ser alterados em breve pelo Governo.
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