Nagorno-Karabakh já vê a luz da paz ao fundo do túnel

A Arménia e o Azerbaijão chegaram a acordo sobre os princípios básicos do tratado de paz para, entre outros, terminar os confrontos na região de Nagorno-Karabakh.

A Arménia e o Azerbaijão conseguiram chegar a acordo sobre os princípios básicos de um tratado de paz, segundo revela este sábado a agência de notícias russa TASS. No entanto, “continuam a falar línguas diplomáticas diferentes”, afirmou neste sábado o primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinyan, no decorrer da cerimónia de abertura da sessão da assembleia parlamentar da OSCE, em Erevão.

Os dois países estão em desacordo e em conflito há décadas, sobretudo no que se refere à região separatista azerbaijanesa de Nagorno-Karabakh, que as forças de Baku recapturaram em setembro, provocando um êxodo em massa de arménios desta área.

Entre os princípios acordados pelos dois países, Nikol Pashinyan destacou três:

  • O primeiro princípio assenta no reconhecimento, por parte da Arménia e do Azerbaijão, da “integridade territorial um do outro, entendendo-se que o território da Arménia é de 29.800 quilómetros quadrados e o território do Azerbaijão é de 86.600 quilómetros quadrados”.
  • O segundo princípio consiste como base política para a “delimitação da fronteira entre a Arménia e o Azerbaijão a Declaração de Alma-Ata de 1991.” O primeiro-ministro arménio referiu que “existe um certo acordo entre a Arménia e o Azerbaijão para utilizar os mapas de 1974-1990 do Estado-Maior das Forças Armadas da antiga URSS para a delimitação da fronteira.”
  • O terceiro princípio do acordo de paz entre a Arménia o Azerbaijão consiste na reabertura das comunicações regionais com base nos princípios da soberania, jurisdição, reciprocidade e igualdade dos países.

Apesar destes passos positivos, Nikol Pashinyan sublinhou que as duas nações continuam “a falar línguas diplomáticas diferentes e muitas vezes não se entenderem.

“Há razões objetivas para isso: um conflito de longa data, milhares de vítimas, dezenas de prisioneiros, uma atmosfera de ódio que dura há décadas e suspeitas de que as más intenções se escondem sob declarações construtivas“, refere o governante arménio, destacando ainda que estas situações “aplicam-se tanto à Arménia como ao Azerbaijão, em maior ou menor grau”.

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