“O Chega só traz instabilidade” e não é partido para governar, refere António Costa

António Costa considera que o Chega não é um partido como os outros, tanto pela sua ideologia, mas sobretudo pelo seu comportamento, e que só "existe para contestar, para perturbar."

António Costa está a participar na reunião da Comissão Nacional do Partido Socialista (PS), que está a decorrer este sábado no Parque das Nações, em Lisboa, mas está com o foco nas eleições de 10 de março.

“Seguramente o PS tem todas as condições para ganhar, sobretudo comparando com a alternativa que a Direita apresenta”, referiu o primeiro-ministro demissionário aos jornalistas.

Para António Costa, que apresentou a sua demissão a 7 de novembro na sequência das suspeitas levantadas pela Procuradoria-Geral da República de ter interferido em processos relativos à exploração de lítio e hidrogénio no país, a alternativa que a Direita apresenta é uma “alternativa de instabilidade porque, mesmo tendo uma maioria parlamentar aritmética dependente do Chega, nunca será uma maioria parlamentar governativa porque o Chega não é um partido igual aos outros.”

O líder socialista refere que a diferença do Chega face aos restantes partidos não é só por uma questão ideológica, mas “é por causa do seu comportamento”.

António Costa sublinha que o partido de André Ventura “será sempre um fator permanente de instabilidade, e o que todos desejamos, seguramente, é que esta tenha sido a última dissolução do atual Presidente da República”, não deixando de voltar a ressalvar que a dissolução do Parlamento recentemente decidida por Marcelo Rebelo de Sousa “era totalmente despropositada e desnecessária.”

A crítica ao Chega foi uma constante no discurso de António Costa aos jornalistas, à margem da reunião da Comissão Nacional do PS. “O Chega existe para contestar, para perturbar. Não há ninguém que possa pensar que por fazer um acordo com o Chega e ter uma maioria na Assembleia da República cria condições de governabilidade. Não cria, pelo contrário. É um elemento de enorme ingovernabilidade, como se está a ver agora nos Açores que, muito provavelmente, nem o orçamento consegue aprovar.”

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