Reino Unido aprova 110 medidas para “desbloquear” 23 mil milhões de euros de investimento

  • ECO e Lusa
  • 22 Novembro 2023

Plano britânico prevê um corte maior do que o previsto nas contribuições para a Segurança Social, a isenção fiscal total do investimento de capital e o aumento do salário mínimo nacional em quase 10%.

A economia britânica deverá crescer 0,6% em 2023, em vez de uma contração de 0,2% prevista em março, de acordo com as estimativas oficiais publicadas esta quarta-feira juntamente com um balanço orçamental do ministro das Finanças, Jeremy Hunt.

No entanto, segundo as estimativas revistas pelo Gabinete para a Responsabilidade Orçamental (OBR na sigla inglesa), nos próximos dois anos o crescimento deverá ser de 0,7% e 1,4%, respetivamente, muito abaixo das previsões anteriores de 1,8% em 2024 e 2,5% em 2025.

Para estimular a economia e o nível de vida, Hunt afirmou que o país tem de ser mais produtivo e apresentou 110 medidas orçamentais sobre questões como competências, habitação e planeamento para “desbloquear” 20 mil milhões de libras (23 mil milhões de euros de investimento.

A medida mais mediática apresenta esta tarde foi um corte maior do que o previsto nas contribuições para a Segurança Social de dois pontos percentuais, para 10%, já a partir de janeiro. Para o setor empresarial, tornou permanente a isenção fiscal total de investimento de capital, o que permite às empresas recuperar os gastos em instalações e maquinaria.

O Ministério das Finanças já tinha revelado na terça-feira que iria aumentar o salário mínimo nacional em quase 10% (9,8%), passando de 10,42 libras (11,97 euros) por hora para 11,44 libras (13,14 euros) por hora.

Jeremy Hunt, que até agora tem sido cauteloso, reivindicou que a economia britânica “virou uma esquina” graças à tendência de descida da inflação e do endividamento público. “Depois de uma pandemia global e de uma crise energética, tomámos decisões difíceis para voltar a colocar a nossa economia no bom caminho”, afirmou Hunt na Câmara dos Comuns.

O OBR prevê que a inflação, atualmente em 4,6%, deverá cair para 2,8% até ao final de 2024 e para 2% no ano seguinte, enquanto a dívida pública, atualmente 97,8% do Produto Interno Bruto (PIB), diminuirá para 91,6% do PIB em 2024.

Apesar de as medidas agora anunciadas reduzirem a carga fiscal em 0,7 pontos percentuais, o organismo independente disse que continua num nível recorde e vai continuar a subir até 37,7% em 2028-29.

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