“O meu adversário é mesmo o Luís Montenegro”
O antigo ministro, candidato à liderança do PS, reagiu ao discurso de Luís Montenegro durante o 41.º Congresso do PSD acusando-o de "radical" e um apoiante do gonçalvismo.
“O meu adversário é mesmo o Luís Montenegro”, reagiu Pedro Nuno Santos, antigo ministro das Infraestruturas e candidato à liderança do PS, ao discurso do líder do PSD durante o 41.º Congresso do partido acusando-o de ser um “radical” e o “mais fanático defensor” do gonçalvismo.
“Do discurso enquanto cidadão e adversário político gostava de ouvir eram ideias para o país e isso esteve absolutamente ausente”, atirou o antigo ministro do Governo de António Costa que diz ter ouvido o “discurso com atenção”.
“Tinha a expectativa de ouvir o que é o que PSD tinha a dizer aos portugueses e ao país sobre os seus problemas, sobre as suas ambições. Sobre isso não ouvimos uma única palavra, ouvimos um discurso cheio de ataques, de queixas, de críticas, numa linguagem extremada, planfletária, muito pouco própria de quem quer Governar o país“, reagiu Pedro Nuno Santos, às televisões.
No discurso de Montenegro “é feito um ataque a uma experiência governativa que os portugueses guardam como uma memória boa, por oposição a um governo em que Luís Montenegro foi líder parlamentar e que infligiu sofrimento ao povo português: cortou salários“, disse ainda Pedro Nuno Santos.
O discurso do líder do PSD releva também “ignorância relativamente a um Governo que ofereceu ao país uma recuperação de rendimento, crescimento económico, criação e emprego, ao mesmo tempo que fomos sempre baixando a dívida”, considera. “Torna-se difícil de compreender como é que o líder do PSD não aprendeu nada com os últimos oito anos.”
O candidato à liderança do PS faz ainda referência ao Chega que apelida de “batata quente” para a liderança do maior partido da oposição.
“O Chega não é um problema do Partido Socialista, não há nenhum cidadão português que ache que há risco do Partido Socialista se entender com o Chega, essa é uma batata quente do líder do PSD, não é um problema do Partido Socialista”, diz.
“Vimos o PSD a fazer um acordo com o Chega depois de ter dito durante toda a campanha que não faria esse acordo. O vice-presidente do PSD, Miguel Pinto Luz, diz hoje que esse acordo não foi feito, nem de incidência parlamentar, nem de governo, mas foi feito. Esta é daquelas que dá facilmente para comprovar porque o acordo está assinado e tem a assinatura de todos”, continua.
“O Chega é, obviamente, motivo de preocupação. Tivemos a oportunidade de ver ontem o líder do Chega com líderes de vários partidos de extrema-direita da Europa e, como é evidente, não há nenhum cidadão em Portugal que haja algum risco do Partido Socialista fazer qualquer tipo de entendimento com o Chega. O mesmo não o podemos dizer do PSD”, atirou o ex-ministro.
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