Propostas do PSD sobre pensões têm “falta de credibilidade”
"Pedro Passos Coelho tinha dito exatamente o mesmo que Luís Montenegro: que tinha feito as contas, e que em 2015 não seria necessário cortar pensões", atira Pedro Nuno Santos.
O candidato a secretário-geral do PS Pedro Nuno Santos disse hoje aos jornalistas, em Matosinhos (distrito do Porto), que as propostas do PSD em matéria de pensões, apresentadas no congresso de sábado, têm “falta de credibilidade”.
“O problema das promessas do PSD, nomeadamente em matéria de pensões, é que têm um problema de falta de credibilidade”, acusou hoje o candidato a líder do PS, à chegada ao Pavilhão Municipal da Senhora da Hora, em que participa num almoço com apoiantes.
Para Pedro Nuno Santos, o PSD foi “o partido que mais maltratou esse grupo de cidadãos portugueses, os pensionistas”.
“É importante que nós não nos esqueçamos que Pedro Passos Coelho [ex-primeiro-ministro] tinha dito exatamente o mesmo que Luís Montenegro: que tinha feito as contas, e que em 2015 não seria necessário cortar pensões. Mas aquilo que fizeram logo a seguir às eleições foi cortar pensões”, disse Pedro Nuno Santos.
O ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação e adversário de José Luís Carneiro e Daniel Adrião nas diretas do PS marcadas para 15 e 16 de dezembro acusou ainda o PSD de, “não satisfeito com o corte de pensões”, tentar “tornar esse corte permanente”.
“Não conseguiram, foram travados pelo Tribunal Constitucional”, recordou, acrescentando que o PSD quis ainda “fazer um corte adicional de mais 600 milhões de euros”, travado pelo Governo PS.
Pedro Nuno Santos acusou Luís Montenegro de fazer “o mesmo número que Passos Coelho fez em 2011”, considerando “muito importante que o PSD apresentasse essas contas” para se fazer “um debate sobre a viabilidade da proposta”.
O candidato à liderança do PS considerou ainda “caricato” que o PSD apresente uma proposta para equivaler a pensão mínima ao salário mínimo nacional, quando “nunca o quiseram aumentar”.
“O pior que podia acontecer aos pensionistas era fazermos um aumento de pensões e voltar a recuar mais tarde”, considerou.
Durante o discurso para uma plateia de cerca de 1.300 que lotaram o pavilhão na Senhora da Hora, Pedro Nuno Santos acrescentou que “o PSD tem que dizer um pouco mais” sobre “a sua estratégia para a Segurança Social e para o sistema público de pensões”.
“Ao longo dos anos, aquilo que eles sempre defenderam foi entregar parte das nossas pensões aos mercados financeiros, privatizar parte das nossas pensões”, acusou Pedro Nuno Santos.
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