Aon diz que empresas portuguesas gastarão mais 10% em seguros de saúde em 2024
As empresas estão a agir: programas de prevenção e promoção de saúde para mitigar os custos com as coberturas de seguro.
As empresas portuguesas irão gastar mais 10% em coberturas de seguro de saúde para os colaboradores no próximo ano, mais 3% do que o aumento registado em 2023 (7%). Estes são os dados divulgados pelo Global Medical Trend Rates Report, desenvolvido pela Aon, empresa de serviços nas áreas de risco, reforma, saúde e pessoas que também indica que os gastos com saúde deverão ultrapassar os dois dígitos.
Globalmente, o estudo prevê um aumento nos gastos nas coberturas de seguro de saúde das empresas de 10,1%, mais 0,9% do que em 2023, alcançando o valor mais elevado desde 2015.
Planos mais expostos ao risco
Os principais fatores de risco para a saúde são o envelhecimento da população, a falta de rastreio médico, as condições genéticas, dificuldades na gestão de stress e a tensão arterial elevada e, associados a estes fatores, os principais custos empresariais com a saúde em Portugal “decorrem de situações associadas à hospitalização, exames e análises clínicas, serviços de fisioterapia, estomatologia e oftalmologia”, afirma Rita Silva, Senior Associate em HR Solutions da Aon Portugal. Desta maneira, “planos que incorporem a generalidade destas coberturas estão, por isso, mais expostos ao aumento de custos”, explica a representante.
Medidas das empresas para mitigar exposição ao risco dos colaboradores
As empresas já estão a agir para minimizar o impacto do aumento dos custos com as coberturas de saúde na sua estrutura de negócio, diz a Senior Associate em HR Solutions da Aon Portugal ao ECOseguros.
“De forma a atenuar estes aumentos, as organizações estão a procurar implementar programas de saúde e bem-estar numa perspetiva de prevenção incluindo: check-ups regulares, programas de nutrição, literacia para o bem-estar, programas de incentivos (gamification), programas de cessação tabágica”, indica Rita Silva. Uma vez que, “tornar a vida do colaborador mais saudável e prevenir o desenvolvimento de determinadas patologias é mais barato do que a cura e tratamento pois evitará custos associados à utilização dos planos de saúde”, explica.
Para além da prevenção, “é também comum vermos o desenvolvimento de programas de assistência ao colaborador como forma de as organizações continuarem a suportar o bem-estar mais holístico (físico, mental, financeiro) das suas pessoas. Uma tendência que também já vem de anos anteriores, são os planos de benefícios flexíveis que permitem que cada colaborador possa “desenhar” o seu pacote de benefícios de acordo com as suas necessidades mais específicas, tornando mais eficiente o valor investido pelas organizações”, explica a representante.
As empresas também estão a procurar mitigar os custos através da atualização de franquias ou copagamento e também através de planos de financiamento que contem com a contribuição financeira do colaborador.
Quanto a iniciativas de promoção de saúde e bem estar, as mais prevalentes em Portugal, são: os rastreios (visão, audição, mamografias e check-ups); programas de avaliação (nutrição e uso de substâncias); materiais de comunicação e kits de bem-estar; programas de incentivos; e programas de bem-estar – alimentação saudável, cessação tabágica, atividade física.
Para chegarem às conclusões apresentadas, os especialistas da AON refletiram sobre a experiência da empresa na gestão e renovação dos planos de saúde na carteira da empresa que tem na sua base de dados em Portugal mais de 400 planos de saúde, entre as quais empresas do PSI 20, principal índice da bolsa portuguesa.
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