Comissão Europeia pode complicar compra da Liberty pela Generali
Termina dentro de dez dias o período oficial de receção pela CE de comentários ao chamado negócio do ano segurador. Operação poderá cair no Regulamento de Concentrações e atrasar.
A Comissão Europeia (CE) considera que a compra da Liberty pela Generali pode entrar no âmbito de aplicação do Regulamento das Concentrações da União Europeia e daí reservou “o direito de tomar uma decisão definitiva sobre este ponto”. No diário oficial, a CE “solicita aos terceiros interessados que lhe apresentem as suas eventuais observações sobre o projeto de concentração em causa”, com prazo limite de 22 de dezembro próximo.
Este passo é o seguimento normal da venda – anunciada em junho passado – pela Liberty Mutual Insurance das suas operações na Europa Ocidental ao Grupo Generali, incluindo os negócios da Liberty Seguros na Irlanda, Irlanda do Norte, Portugal e Espanha por 2.300 milhões de euros.
A operação formal apresentada à CE e que está em análise é a aquisição pela Assicurazioni Generali S.p.A., proprietária da Tranquilidade, da totalidade das participações da Liberty Seguros Espanha, pertencente ao grupo Liberty Mutual Insurance, através da Liberty Spain Holdings e da Liberty UK and Europe Holdings.
A Comissão descreve a atividade da Generali como empresa que “opera nos setores dos seguros, resseguros, prestação de serviços de assistência e gestão imobiliária e patrimonial” e caracteriza a Liberty Seguros como “oferecendo produtos de seguros não vida e vida essencialmente em Espanha, Portugal e Irlanda, centrando-se principalmente nos seguros automóvel, residenciais e vida”.
Se não for encontrado um problema concorrencial em 25 dias úteis decidirá pela aprovação da operação. Em caso de serem necessários “remédios”, como venda ou cedência de ativos e acordos o tempo será mais longo, mas estará terminado no início de 2024.
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