Preços da habitação desaceleram no terceiro trimestre

O Índice de Preços da Habitação registou no terceiro trimestre um crescimento inferior ao do segundo trimestre, o que significa que os preços estão a crescer a menor ritmo.

O Índice de Preços da Habitação registou uma desaceleração no terceiro trimestre do ano. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o índice registou um crescimento de 7,6% em termos homólogos, uma evolução que compara com uma subida de 8,7% no trimestre anterior.

A taxa de variação dos preços das habitações existentes foi 8,1%, acima da observada nas habitações novas (5,8%), revela também o INE.

Comparativamente com o trimestre anterior, o Índice de Preços da Habitação cresceu 1,8% (3,1% no 2.º trimestre de 2023 e 2,9% no 3.º trimestre de 2022). Por categoria, os preços das habitações existentes aumentaram 1,8%, menos 1,4 pontos percentuais que no segundo trimestre. Já os preços das casas novas cresceram 2% (2,8% no 2º trimestre de 2023).

Esta desaceleração no aumento dos preços das casas mostra que os valores pagos pelas famílias para comprar habitação continuam a aumentar, mas a um menor ritmo.

Transações travam 19% no trimestre

Em termos de transações, entre julho e setembro de 2023 foram transacionadas 34.256 habitações, menos 18,9% que no período homólogo de 2022 e menos 22,9% que no segundo trimestre do ano, segundo o INE.

O grosso das transações – 26.644 – são feitas sobre casas existentes (77,8% do total), sendo que aqui a quebra face ao período homólogo foi de 23,1%. Nas casas novas, registou-se uma tendência contrária, com um acréscimo de transações de 0,2%, tendo-se comercializado 7.612 habitações.

Face ao segundo trimestre do ano, “o número de transações de alojamentos cresceu 1,9% (-2,5%, no trimestre anterior). O aumento do número de transações foi observado apenas na categoria das habitações novas (11,5%), registando-se uma redução de 0,6% nas habitações existentes”.

O valor das transações de alojamentos fixou-se em 7,1 mil milhões de euros, o que representa uma descida de 12,2% face ao período homólogo de 2022.

As famílias foram responsáveis pela aquisição de 29.635 alojamentos, o que representa 86,5% das transações totais, por um valor global de seis mil milhões de euros, menos 13,7% que no período homólogo.

Em termos geográficos, a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 40,8% do valor total das transações de alojamentos, aproximadamente 2,9 mil milhões de euros, representando uma redução homóloga de 1,3 pontos percentuais em termos de peso relativo regional. No Norte, o valor das habitações transacionadas ascendeu a 1,7 mil milhões de euros, enquanto no Centro atingiu os 982 milhões de euros e o Algarve registou um valor de transações de 834 milhões de euros, correspondendo a 11,8% de quota regional.

(Notícia atualizada às 11:49)

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