Taxa de poupança das famílias portuguesas baixa para 7,1%

Portugal continua a apresentar a mais baixa taxa de poupança entre as famílias do espaço da moeda única. Desde o final de 2021 que nível de poupança nacional é metade da média da Zona Euro.

Pelo segundo trimestre consecutivo, a taxa de poupança das famílias portuguesas voltou a cair. De acordo com dados publicados esta quinta-feira pelo Eurostat, a taxa de poupança dos agregados familiares fixou-se em 7,07% no terceiro trimestre de 2023, que compara com uma taxa de 7,67% no trimestre anterior.

Esta dinâmica fez com que Portugal continue a ser o país da Zona Euro com o mais baixo nível de poupança entre as famílias — posição que ocupa desde o primeiro trimestre de 2023 mas apresentando consecutivamente taxas de poupança equivalente a metade da média da Zona Euro desde o quarto trimestre de 2021.

Os dados do Eurostat revelam também uma queda da taxa bruta de investimento das famílias portuguesas, passando de uma taxa de 5,87% no segundo trimestre do ano passado para 5,72% no final de setembro de 2023. Além de ser o valor mais baixo desde o terceiro trimestre de 2020, permanece longe da taxa de 9,55% da média dos 20 países do espaço do euro.

A taxa bruta de investimento das famílias é definida como a formação bruta de capital fixo dividida pelo rendimento bruto disponível, sendo este último ajustado pela variação da participação líquida das famílias nas reservas dos fundos de pensões. De acordo com o Eurostat, “o investimento das famílias consiste principalmente na compra e renovação de habitações”.

Na Zona Euro, tanto a taxa bruta de investimento como a taxa de poupança das famílias também caíram no terceiro trimestre, mas de uma forma mais modesta que Portugal: a taxa bruta de investimento passou de 9,76% para 9,67% e a taxa de poupança das famílias passou de 14,33% no segundo trimestre de 2023 para 14,02% no terceiro trimestre, renovando assim valores mínimos do quarto trimestre de 2022.

“A diminuição da taxa de poupança das famílias na área do euro é explicada pelo facto de o rendimento disponível bruto ter aumentado 0,9%, a um ritmo ligeiramente inferior ao do consumo”, refere o Eurostat em comunicado.

Para a redução da taxa bruta de investimento, os analistas do gabinete de estatísticas da União Europeia referem que isso sucedeu, “uma vez que a formação bruta de capital fixo diminuiu 0,1%, enquanto o rendimento disponível bruto aumentou 0,9%.”

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