Os clubes da LALIGA valorizam “muito positivamente” os primeiros dois anos da LALIGA Impulso

O diretor do departamento de clubes da LALIGA, Jaime Blanco, fez um balanço dos primeiros dois anos do projeto LALIGA IMPULSO, que envolveu um investimento de quase 2000 milhões de euros por parte do fundo CVC para modernizar interna e externamente os clubes, destacando que o projeto é “diferencial” e que, graças a esta iniciativa, “os clubes estão crescendo em áreas como a digitalização, desenvolvimento de infraestruturas ou internacionalização”, e “acelerando seu crescimento em 20 anos”.

Além disso, nesta avaliação foram apresentados os números gerais da LALIGA IMPULSO. Nesse sentido, Blanco afirmou que o sexto e último pagamento da CVC será feito “no próximo mês de junho” e que até agora “A LALIGA recebeu 1370 milhões de euros”, dos quais “1028 milhões já foram repassados para os clubes”. A maioria dos clubes utilizou esses recursos para pagar dívidas, contratar novos jogadores, levando em consideração o LCDP (Limite de Custo do Plantel Desportivo) e também “575 milhões, ou seja, 43% do total, foram destinados aos planos de crescimento”, confirmou Blanco.

Na conferência de imprensa realizada ontem também participaram representantes de clubes como o presidente do Sevilla CF, José María del Nido; o CEO do RCD Mallorca, Alfonso Díaz; e o presidente executivo do Real Sporting, David Guerra, que avaliaram de forma “muito positiva” o acordo com a CVC. Nesse sentido, Del Nido assegurou que “o novo Ramón Sánchez-Pizjuán ou outros projetos teriam sido adiados ou não teriam acontecido se não tivéssemos a força da LALIGA IMPULSO”. Além disso, Del Nido destacou que desde a entrada dos fundos no clube “foi possível desenvolver projetos de internacionalização em mercados estratégicos, bem como o desenvolvimento da marca e do departamento de pesquisa e desenvolvimento. Além disso, multiplicamos por três o número de seguidores nas redes sociais”.

Por sua vez, Alfonso Díaz admitiu que “para alcançar este nível, pensávamos que precisaríamos de muito mais tempo, mas demos passos gigantes em dois anos. Por exemplo, reformamos o estádio para que possamos obter maiores receitas. Agora, com as novas áreas de hospitalidades – entre outros aspetos – poderemos aumentar a receita em 43% no dia do jogo”. O diretor também valorizou que a LALIGA IMPULSO permite “trabalhar de forma consensual entre os clubes com uma visão conjunta e na mesma direção para crescer juntos”.

David Guerra também enfatizou essa questão: “Este projeto permite que todos os clubes caminhem juntos, não apenas nacionalmente, mas também internacionalmente, para serem cada vez mais competitivos e estarem ao lado dos mais altos padrões do futebol mundial em termos de governança, boas práticas e sustentabilidade”. Quanto ao plano do clube de Gijón com os fundos, Guerra afirmou que o maior investimento será na “escola de Mareo”, com um valor entre “10 e 14 milhões de euros”, e a renovação do El Molinón, “o estádio mais antigo do futebol espanhol”.

Quanto ao futuro da LALIGA IMPULSO, Jaime Blanco expressou que a LALIGA “deseja clubes que cresçam e tenham uma maior presença internacional”, enquanto José María del Nido acrescentou que o objetivo do Sevilla FC é continuar com o “projeto da Cidade Desportiva” e gerar com o novo estádio “entre 30 e 40 milhões de euros por temporada para continuar a definir áreas do plano estratégico do clube”.

Alfonso Díaz salientou que o RCD Mallorca trabalhará para “continuar a formar e educar jogadores de futebol de base” e transformar o estádio “num novo espaço para a população de Palma”. Por sua vez, David Guerra afirmou que o objetivo do Real Sporting é “crescer, estabelecendo as bases do clube do futuro” e, da mesma forma, “recuperar o brilho da escola de Mareo, adaptando-a às necessidades do futebol atual”.