Lucros da Novabase disparam 428% após venda da Neotalent. Paga dividendo até 1,79 euros

Venda do negócio de recrutamento em tecnologias de informação impulsiona resultados da empresa portuguesa, que viu a faturação aumentar 10% e propõe dividendo de até 1,79 euros por ação.

Os resultados líquidos da Novabase ascenderam a 47 milhões de euros no ano passado, uma subida de 428% em termos homólogos que foi “catapultada” pela mais-valia de 40 milhões resultante da alienação da Neotalent. O negócio de recrutamento em tecnologias de informação (TI) foi vendido no último trimestre de 2023 à Conclusion Group, sociedade-veículo detida pela private equity neerlandesa NPM Capital.

Em comunicado, enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a tecnológica portuguesa liderada por Luís Paulo Salvado, que viu o volume de negócios aumentar 10% e o EBITDA 19%, anuncia ainda a intenção do conselho de administração de propor à Assembleia Geral o pagamento de um dividendo até 1,79 euros por ação, correspondente à distribuição de 46,3 milhões aos acionistas, com “possibilidade ainda em análise” de remuneração em espécie, por opção do beneficiário.

Além de permitir uma remuneração adicional aos acionistas da Novabase, a venda do negócio de IT Staffing permitiu “concentrar todos os recursos no negócio Next-Gen”, a empresa de serviços de TI, que viu o EBITDA subir 39%, beneficiando da estabilização das operações no Médio Oriente. A atividade internacional representa agora 69% das vendas neste segmento, sendo o Reino Unido e a Alemanha os principais mercados.

Já a venda da participação de 95% na Neotalent, subsidiária que no ano anterior à venda tinha faturado 47 milhões de euros e empregava perto de 800 pessoas, foi concluída no final de novembro, com o comprador a pagar 51,1 milhões. A Novabase, que soma 1.317 colaboradores, registou uma mais-valia pela alienação deste negócio no valor de 39,8 milhões, acima do intervalo de 26 a 33 milhões que tinha estimado na comunicação ao mercado, mas “ainda sujeita a ajustamentos”.

A Novabase alcançou em 2023 progressos importantes na execução da sua estratégia, espelhados nos resultados que agora apresentamos. (…) Para 2024, e apesar da incerteza que continua a ser a variável dominante, acreditamos na capacidade da nossa equipa para executarmos a estratégia definida.

Luís Paulo Salvado

Presidente e CEO da Novabase

O presidente e CEO, Luís Paulo Salvado, indica que a empresa alcançou em 2023 “progressos importantes na execução da sua estratégia, espelhados nos resultados” agora apresentados. Na mesma nota, sublinha que o retorno acionista total foi de 42%, “refletindo o bom desempenho estratégico e operacional”, e destaca a OPA lançada sobre ações próprias, “criando uma oportunidade adicional de remuneração acionista”, na qual adquiriu 3.558.550 ações ao preço unitário de 4,85 euros. A 31 de dezembro detinha 2,48% do capital.

A HNB é a maior acionista da Novabase, com 43,12%. Como anunciado esta semana, o fundo Isatis Investment Classic Blue, sediado no Luxemburgo, adquiriu uma participação qualificada de 5% no capital da empresa de tecnologias. A Isatis Capital é uma gestora de ativos francesa especializada no investimento em PME.

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