Sonae só conseguiu 42,96% da Musti e “prolonga” OPA até 6 de março

Os resultados preliminares da OPA sobre a Musti mostram que a Sonae já conseguiu 42,96% das ações da empresa nórdica, com a empresa a deixar cair o requisito de ficar com mais de 90% do capital.

A Sonae conseguiu ficar com 42,96% do capital da Musti, na sequência da oferta pública de aquisição (OPA) lançada sobre a empresa nórdica e que terminou no dia 15 de favereiro, segundo dados preliminares divulgados pela empresa à CMVM. Face a estes resultados, e caso se confirme que a empresa ficou com mais de 40% da Musti, a Sonae irá estender a oferta até ao próximo dia 6 de março e deixa cair a condição de obter 90% do capital na operação.

O período da OPA sobre a Musti, lançada pela Flybird Holding Oy, subsidiária da Sonae, terminou no passado dia 15 de fevereiro de 2024, confirmou a Sonae em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). “Com base no resultado preliminar da oferta hoje conhecido, o total de aceitações da oferta juntamente com as ações adquiridas ou detidas pela oferente (incluindo as ações a serem aportadas à Oferente pelos membros do Consórcio) representam cerca de 42,96% das ações e dos direitos de voto na empresa, calculados numa base totalmente diluída”, informa a empresa portuguesa liderada por Cláudia Azevedo.

Perante estes resultados, a companhia “decidiu abdicar da condição de conclusão mínima de atingir mais de 90% das ações e direitos de voto na empresa, concluir a oferta de acordo com os seus termos e condições e iniciar um período de oferta subsequente, desde que o resultado final da Oferta, que será anunciado no dia 20 de fevereiro de 2024, confirme que as Ações das aceitações durante o Período da Oferta, juntamente com as Ações adquiridas ou detidas pela Oferente (incluindo as Ações a serem aportadas à Oferente pelos membros do Consórcio), representam mais de 40% das Ações e dos direitos de voto da Empresa, calculados numa base totalmente diluída”.

Este “prolongamento” da oferta deverá, assim, iniciar-se a 21 de fevereiro e prolongar-se até dia 6 de março, “permitindo que os acionistas da Musti que não tenham aceitado a Oferta durante o Período da Oferta possam fazê-lo no Período Subsequente”.

A Sonae anunciou no passado dia 29 de novembro o lançamento de uma OPA sobre a Musti, num consórcio com três membros do conselho de administração da empresa, propondo-se pagar 26 euros por cada ação da companhia nórdica, uma contrapartida que avalia a empresa cotada na bolsa de Helsínquia em 868 milhões de euros.

A oferta foi anunciada no final de novembro e está a ser realizada através da Flybird Holding Oy, uma empresa constituída na Finlândia, em consórcio com Jeffrey David, presidente do conselho de administração da Musti, Johan Dettel, membro do conselho de administração, e o CEO David Rönnberg.

A expectativa inicial da Sonae era que a operação estivesse concluída no final do primeiro trimestre, contudo a companhia colocava como condição para a conclusão a obtenção do controlo de mais de 90% das ações e dos direitos de voto na Musti.

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