Portugal precisa de um choque de produtividade e não um choque fiscal

O secretário-geral do PS refere que as medidas propostas pela AD para cortar impostos podem conduzir a "um rombo das contas públicas" de 25,23 mil milhões de euros, em quatro anos.

Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, voltou hoje a atacar as propostas da AD em matéria fiscal, calculando que apenas o corte de IRC vai conduzir a uma perda de receita de 16,5 mil milhões de euros, em quatro anos. Juntando as outras medidas, “o rombo das contas públicas”, diz, sobe para 25,23 mil milhões de euros. Em vez de um choque fiscal diz que é preciso um choque de competitividade.

“Temos que aumentar produtividade, o que exige uma economia mais sofisticada, mais complexa”, argumentou o candidato socialista, defendendo que Portugal “precisa de um choque de produtividade e não choque fiscal“, referiu na conferência da CIP, a decorrer no Porto. “Não nos apresentamos como uma aventura fiscal, porque o tempo é de incerteza“, acrescentou.

Num discurso em que mais uma vez voltou a rebater o choque fiscal proposto pela AD, Pedro Nuno Santos repetiu que “40% das empresas nem sequer pagam IRC” e calculou em 16,5 mil milhões de euros em quatro anos a perda de receita fiscal com a descida do IRC. Considerando, “mais medidas na tabela do programa do PSD, o rombo das contas públicas sobe para 25,23 mil milhões de euros“, aponta.

Pedro Nuno Santos voltou a acusar o PSD de colocar em risco as contas públicas do país e “o pior que nos poderia acontecer era andar para trás”, num ambiente macroeconómico de “grande incerteza”. Mesmo sem “aventuras” fiscais, o candidato socialista defende que “é possível a economia portuguesa estar a competir no topo”, alcançando maiores níveis de competitividade, que lhe permita pagar melhores salários.

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