Indra e Fluidra lideram as altas na bolsa após a apresentação dos resultados do Ibex

A empresa tecnológica presidida por Marc Murtra acumulou um aumento superior a 10% nas duas sessões posteriores à apresentação dos balanços e a líder do setor de piscinas e bem-estar obteve um aumento de 8,6% na quinta-feira após relatar seus resultados de 2023 ao mercado.

Assim, ambas destacam-se entre as ações de maior alta do ano Ibex 35, com um aumento de 27% para a Indra e de 14% para a Fluidra. Dessa forma, ambas mantêm o bom desempenho que já registaram em 2023 e acumulam um aumento de 65% para a tecnológica e 50% para a empresa presidida por Eloi Planes desde o início de 2023.

Na quarta-feira passada, a Indra apresentou um crescimento de dois dígitos em vendas, lucro operacional, lucro líquido e fluxo de caixa. Especificamente, o lucro líquido por ação aumentou 20% em 2023, impulsionado pelo negócio de Defesa. As receitas do segmento de Defesa & Segurança cresceram 24% graças à maior contribuição dos projetos FCAS e Eurofighter.

“Estes resultados são fruto do grande trabalho e esforço realizado na Indra. Durante 2023, os setores de Defesa e Tecnologia continuaram crescendo e fizemos um esforço significativo de melhoria contínua no trabalho que realizamos para nossos clientes. Acreditamos que temos uma ótima base para o nosso novo Plano Estratégico”, disse Marc Murtra.

Os analistas apontam para o Dia dos Mercados de Capital (CMD) em 6 de março, no qual a Indra apresentará seu novo plano estratégico, como um momento-chave para revelar seus planos em Defesa e um possível catalisador para a empresa.

“Revelará no CMD seus planos de médio e longo prazo para se tornar principalmente uma empresa de defesa”, enfatiza o Bank of America, uma instituição que acredita que a reposição do portfólio será “um dos temas-chave do CMD, uma vez que a Indra tem o objetivo de se tornar o campeão nacional da defesa em Espanha”.

FLUIDRA CUMPRE AS EXPECTATIVAS

Por sua vez, o mercado recebeu com bons olhos os resultados da Fluidra, após alcançar vendas de 2,051 bilhões de euros e um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) de 445 milhões de euros, cumprindo com a orientação que a empresa havia dado para o ano de 2023. Além disso, a empresa reduziu sua dívida líquida em cerca de 150 milhões de euros, graças à sua “excelente geração de caixa”.

Estes números significam que desde o ano anterior à pandemia, suas vendas cresceram a uma taxa anualizada de 11%, seu EBITDA em 13% – ao mesmo tempo em que suas margens se expandiram em 200 pontos básicos – e o lucro líquido por ação em 19%, tornando-se “um negócio estruturalmente mais forte”.

Além disso, a empresa apresentou suas previsões para 2024, que foram bem recebidas pelo mercado, já que se espera uma melhoria nas margens. Especificamente, espera-se que as vendas fiquem entre 2.000 e 2.150 milhões, o EBITDA entre 440 e 490 milhões e o lucro líquido por ação entre 1,07 e 1,25 euros.

“Tivemos bons resultados em 2023, em linha com as nossas expectativas, num ambiente comercial difícil. Apesar da incerteza macroeconómica, começamos 2024 deixando para trás a correção do inventário no canal e com confiança na resiliência do pós-venda, que representa a maior parte do nosso negócio. Para o futuro, confiamos no apelo do nosso setor e na nossa capacidade de criar valor para nossos grupos de interesse, como a empresa líder mundial no setor de piscinas e bem-estar”, explicou Eloi Planes, presidente executivo da empresa.