Lucro da Brisa Concessão Rodoviária sobe 26% para 276,6 milhões de euros em 2023

A empresa que detém a maior concessionária do país refere que o tráfego aumentou 8,9% em 2023, face a 2022, suportado pela melhoria do PIB e pelo fim das restrições à circulação devido à pandemia.

A Brisa Concessão Rodoviária fechou o último ano com um resultado líquido de 276,6 milhões de euros, o que representa um crescimento de cerca de 26% face aos lucros alcançados em 2022, adiantou a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Os resultados beneficiaram pelo aumento do tráfego, que voltou à normalidade, com o levantamento de todas as restrições à circulação impostas na pandemia.

O crescimento do PIB português impactou positivamente o tráfego da rede BCR [Brisa Concessão Rodoviária]. Neste contexto, o Tráfego Médio Diário (TMD) durante o ano foi de 23.251 veículos/dia. O tráfego aumentou 8,9% em comparação com o período homólogo, suportado pela melhoria das condições macroeconómicas durante o ano e pela eliminação das restrições à mobilidade que ainda se encontravam em vigor no início de 2022″, escreve a empresa na nota.

Esta evolução positiva permitiu à empresa melhorar os seus resultados operacionais, com o EBITDA a atingir os 633,7 milhões de euros, mais 19,2% que no ano anterior, enquanto o EBIT se situou nos 454,1 milhões de euros em 2023, um aumento de 22,5% face ao período homólogo.

Já os rendimentos operacionais fixaram-se em 785,3 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 17,0% face ao período homólogo. As receitas de portagem atingiram os 749,6 milhões de euros (+17,2% que no ano anterior), suportadas pelo aumento do tráfego durante o ano. As receitas relacionadas com as áreas de serviço atingiram os 29,2 milhões de euros (+16,8%).

O investimento (CAPEX) na rede concessionada totalizou no final do ano 61,8 milhões, menos 3,8% que no período homólogo. A empresa adianta que 43,1 milhões de euros referem-se a grandes reparações, maioritariamente (cerca de 54%) relacionadas com trabalhos de repavimentação na A2, A3, A6 e A14, mas também com intervenções em obras de arte e outras estruturas, com destaque para a reabilitação de viadutos na A1 e A3.

No que diz respeito à dívida financeira, a BCR fechou o último ano com uma dívida bruta de 1.395 milhões de euros (ótica nominal), tendo sido reembolsados durante o ano 300 milhões de euros referentes a um empréstimo obrigacionista e 39 milhões de um empréstimo do BEI.

De acordo com a empresa, mais de metade da dívida (57%) tem taxa fixa. O custo médio ponderado da dívida situou-se em 2,9%, um aumento de 0,5 pontos percentuais face a 2022.

(notícia atualizada às 18:18)

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