Economia será “muito diferente” em 2026 após execução de programa do PRR, diz Costa

António Costa realça que o programa das Agendas Mobilizadoras vai permitir ajudar a transformar a economia e refere que Portugal parte para desafios da transição energética e digital em vantagem.

O primeiro-ministro, António Costa, considera que o programa das Agendas Mobilizadoras, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), vai permitir ajudar a transformar a economia nacional, realçando que este programa “é mesmo a oportunidade fundamental” para criar postos de trabalho altamente qualificados e para promover o desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras.

Quando em 2026 tudo o que estão a preparar estiver no mercado, a nossa economia será diferente do que é hoje e será muito melhor“, destacou o ainda primeiro-ministro, António Costa, no 2º Encontro Anual das Agendas Mobilizadoras, que decorreu esta terça-feira em Santa Maria da Feira.

O governante realçou a importância destes projetos que estão a ser desenvolvidos pelos 53 consórcios formados no âmbito das Agendas Mobilizadoras e que juntam empresas e comunidade científica. “Mais importante que cada um dos processos, dos serviços e produtos, o mais importante é uma nova metodologia de trabalho e gosto de trabalhar em conjunto”, enalteceu.

Outro dos pontos fortes destacados pelo primeiro-ministro é a capacidade de criação de postos de trabalho altamente qualificados –11 mil dos 18 mil que vão ser gerados por estes projetos – e que poderão ajudar a reter talento nacional no país. “Não há nenhum setor de atividade, do primário ao dos serviços, que não requeira tecnologia”, realçou ainda, notando que nas Agendas Mobilizadoras é possível ver “alta tecnologia aplicada à agricultura e à extração da pedra, até à indústria espacial”.

Quanto à criação de parcerias entre diversas entidades, António Costa notou que “sinergias que se desenvolvem entre os diferentes consórcios é uma ideia fundamental para crescimento da economia”.

Vantagens na transição digital e energética

O primeiro-ministro disse ainda que há boas razões para estar confiante para o futuro, sublinhando que o país parte para as duas transições que estão a ocorrer – digital e energética – “com enorme vantagem”. Na transição digital, Portugal beneficia de recursos humanos qualificados que permitem ao país “poder aproveitar ao máximo” esta transição.

Já na questão energética, “fomos sempre prejudicados por não ter recursos, não tínhamos carvão, nem combustíveis fósseis”. Mas, nesta transição temos “um recurso natural que até agora não era devidamente considerado e passou a ser”, nomeadamente na produção de baterias, adiantou, referindo-se ao lítio.

O país tem ainda um enorme potencial ao nível da energia renováveis, seja hídrica, solar ou eólica offshore. Referindo-se concretamente ao solar, Costa notou que Portugal tem “menos energia produzida com recurso ao sol do que um país como a Dinamarca. Não é por falta de sol, é por falta de capacidade de energia solar”.

Para maiores desafios para com que economias estão confrontadas, temos os recursos que não tivemos no passado“, rematou.

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