Ecco vai despedir 54 trabalhadores na Feira para garantir “competitividade e sustentabilidade”
Apesar da "decisão difícil", a empresa indica que "esta restruturação é uma etapa necessária para garantir a competitividade e a sustentabilidade a longo prazo da Ecco Portugal".
A fábrica de calçado que a multinacional dinamarquesa Ecco tem em Santa Maria da Feira vai despedir 54 funcionários, anunciou esta sexta-feira a direção da empresa, que atribui a medida à necessidade de garantir a sua “competitividade e sustentabilidade”.
Essa unidade industrial do distrito de Aveiro atualmente com cerca de 900 trabalhadores distribuídos por diferentes turnos de laboração, revelou o número concreto de funcionários afetados pela medida, apesar de já lhes ter comunicado no início de março que iria proceder a um despedimento coletivo. Agora, a direção da multinacional diz à agência Lusa que em curso está uma reestruturação organizacional nos departamentos de Produção e Qualidade.
“Apesar de ser uma decisão difícil que afeta bons e dedicados profissionais, esta restruturação é uma etapa necessária para garantir a competitividade e a sustentabilidade a longo prazo da Ecco Portugal”, declara a empresa. A direção da unidade portuguesa diz-se empenhada em “conduzir este processo com transparência e respeito por todos os colaboradores afetados, fornecendo apoio durante este período de transição”. Isso incluirá, realça, “benefícios de saída, conforme é prática habitual da empresa”.
Fundada na cidade dinamarquesa de Bredebro em 1963, a Ecco expandiu entretanto a sua produção não apenas a Portugal, mas também a Eslováquia, China, Indonésia, Vietname e Tailândia. Segundo declaração institucional da própria empresa, entre fábricas de calçado, tanoarias e lojas, a marca está atualmente representada em 60 países.
Segundo a World Footwear, uma plataforma da APICCAPS (Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos, Pele e Sucedâneos), no final de 2022 a Ecco registou uma receita global na ordem dos 1,59 biliões de euros, o que refletia um aumento de 30% face ao ano anterior. O grupo notava, contudo, que esses resultados não eram satisfatórios, uma vez que se situavam “consideravelmente abaixo dos níveis pré-pandémicos”.
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