IMT vai automatizar atribuição de matrículas e recrutar 59 trabalhadores

O Instituto de Mobilidade e Transportes (IMT) lançou um concurso de 2,5 milhões para a modernização tecnológica dos seus sistemas, que permitirão, entre outras medidas, automatizar os processos de homologação de veículos e atribuição de matrículas. Foram também abertas vagas para 59 trabalhadores nas áreas das engenharias, tecnologias de informação e outras.

O desenvolvimento de novas aplicações por parte do IMT “irá permitir uma melhor integração com a Autoridade Tributária e com o Instituto de Registos e Notariado e automatizar os processos de homologação e matrículação, com ganhos evidentes para os cidadãos e empresas“, explicou ao ECO João Caetano, presidente do Instituto.

A automatização passa pelo investimento em mecanismos de verificação de autenticidade, que já está a ser implementado para as guias de substituição de cartas de condução, através de código QR ou código de verificação numa plataforma do IMT.

“Isto é particularmente relevante no processo de troca de cartas estrangeiras, porque as guias de substituição eram até agora emitidas pelas delegações distritais num formato desadequado. Além disso, ao desmaterializar estas guias, a pressão sobre o atendimento presencial reduz consideravelmente“, afirma João Caetano.

“Para escalarmos estes mecanismos de segurança, precisamos de mais investimento na modernização dos sistemas aplicacionais do IMT que não têm atualmente a flexibilidade para podermos evoluir”, justifica o presidente do Instituto. O investimento de 2,5 milhões será para executar nos próximos 18 meses.

O IMT terá ainda de implementar o regulamento europeu eFTI (Electronic freight transport information), que obriga a desmaterializar os processos administrativos associados à logística. Já existe para o transporte marítimo e terá de ser alargado aos restantes modos de transporte de mercadorias. Esta medida beneficia de um investimento adicional de um milhão de euros através de um projeto da União Europeia de que o IMT é parceiro.

O Instituto irá recrutar, em 2024, mais 59 trabalhadores nas áreas das Engenharias, Tecnologias de Informação, Economia e Direito, ao abrigo de um despacho recentemente publicado pelo Governo cessante.