Vendas da Vista Alegre caem quase 10% em 2023. Lucros sobem para 6,8 milhões de euros

Grupo que detém as marcas Vista Alegre e Bordallo Pinheiro viu as vendas baixarem no ano passado para 129,6 milhões de euros, com as exportações a pesarem quase 70%. Resultado líquido aumentou 22,3%.

As vendas do grupo Vista Alegre baixaram 9,6% no ano passado, para 129,6 milhões de euros, pressionadas por uma redução superior a 20% na comercialização de produtos de private label ao nível do grés de forno, que é o segmento que mais pesa no negócio, e também pela diminuição de 5,5% na componente de porcelanas.

Num ano em que as exportações valeram 69,2% do volume de negócios – França, Espanha, Alemanha, Itália, Brasil e EUA são os principais destinos –, os produtos de marca própria (Vista Alegre e Bordallo Pinheiro) reforçaram em 7,5% o peso nas receitas do grupo liderado por Nuno Terras Marques.

Num comunicado enviado à CMVM, a empresa salienta a “contínua estratégia de aposta nos produtos de marca” e reporta um resultado líquido de 6,8 milhões de euros em 2023, um crescimento de 22,3% face ao ano anterior, com o EBITDA a ascender a 28,3 milhões de euros (+2,6% em termos homólogos). A margem EBITDA atingiu uns “expressivos” 21,8%, melhorando em 2,6 pontos percentuais face a 2022.

“Apesar da instabilidade da situação económica, política e social a nível mundial, que se faz sentir desde o início da guerra na Ucrânia, e consequentes aumentos nos custos de algumas matérias-primas e eletricidade, no ano de 2023 os resultados do Grupo Vista Alegre evidenciaram um crescimento face ao exercício de 2022”, sublinha a Vista Alegre.

Na mesma nota, a empresa detida pela Visabeira destaca que o “contínuo foco na gestão eficiente das operações e a evolução favorável no mix de vendas com crescimento dos produtos de marca de porcelana e cristal da Vista Alegre e faiança artística da Bordallo Pinheiro, permitiu melhorar os resultados face ao período homólogo”.

Num ano em que diz ter diminuído a dívida bruta em mais de 8,5 milhões de euros “por redução das disponibilidades”, o grupo Vista Alegre somou um investimento de 15,6 milhões de euros. A maior fatia (9,3 milhões) foi canalizada para a substituição de um forno com maior eficiência energética e para a alteração das linhas de produção na unidade produtiva Cerexport, “procurando responder com melhor eficiência às oscilações dos mercados ao nível da procura”.

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