Axa compra nova torre de escritórios da Sonae no Colombo. Sierra aborda autarquias para construir casas

Terceiro edifício de escritórios com nove pisos acoplado ao shopping lisboeta é investimento de 118 milhões promovido com a Axa, que ficará com 74%. Sierra fala com câmaras para projetos residenciais.

Conhecida historicamente pela atividade de gestão de centros comerciais, como o Colombo ou o NorteShopping, além da expansão do negócio de investment management – em que já gere um total de 20 veículos de investimentos e acaba de entrar na área hoteleira –, a Sonae Sierra está a apostar na promoção imobiliária, tendo atualmente 700 milhões de euros “comprometidos” em oito projetos, dos quais metade está em construção e representam 40% desse investimento.

Um dos projetos em execução é a construção da chamada Torre Norte do Colombo, que será o terceiro edifício de escritórios acoplado ao shopping lisboeta e que representa um investimento de 118 milhões de euros. Com nove pisos e 35 mil metros quadrados de área bruta de construção, é apresentado por Alexandre Fernandes, administrador da Sierra com o pelouro de developments, como o edifício de escritórios da capital portuguesa que terá mais área por piso, o que “permite ir à procura dos grandes arrendatários”.

Em construção há um ano e meio – até agora os trabalhos têm decorrido nas caves, no reforço das fundações – e com prazo de conclusão previsto para o final de 2025, este “projeto fantástico de engenharia” que está a ser erguido em cima do centro comercial Colombo é ainda detido a 100% pela Sierra. No entanto, adiantou esta terça-feira o CEO da Sierra, Fernando Guedes de Oliveira, está a ser promovido em parceria com a Axa, que em maio vai comprar uma participação de 74% neste projeto imobiliário.

Na carteira da Sierra, também em Lisboa, está ainda o Pulse no valor de 40 milhões de euros, que irá transformar o antigo centro comercial S. João de Deus, um imóvel comprado em maio de 2023 junto ao Instituto Superior Técnico e encerrado há vários anos; e o projeto residencial e de escritórios República 5, na avenida da República, em que se juntou à britânica Signal e que deve abrir ainda no primeiro semestre deste ano. Já na zona industrial do Porto (freguesia de Ramalde), em parceria com o grupo Ferreira e num investimento de 45 milhões, está a nascer o Viva Offices. As obras arrancaram no outono e só devem terminar no primeiro trimestre de 2025.

Construir casas mais baratas

Por outro lado, os restantes quatro projetos ainda em licenciamento são residenciais. Um deles em Bucareste (Roménia), que tarda em receber luz verde das autoridades locais, outro em Lisboa e dois no Porto. Até agora, a Sonae Sierra tem estado mais focado no segmento médio-alto, mas Fernando Guedes de Oliveira relata que nestes empreendimentos em Portugal está a avaliar as modalidades de build to rent, de co-living, mas também a “analisar com algumas câmaras municipais entrar noutro tipo de residencial”.

“Temos a responsabilidade social de ajudar o país a resolver o problema da habitação. Queremos estar em todos os segmentos de habitação e estamos a conversar com diversas autarquias para saber como podemos ajudar. Queremos dar um contributo importante para a resolução do problema em Portugal. Não excluímos estar em qualquer segmento de habitação”, resumiu o presidente executivo, vislumbrando que “há grande procura pelo arrendamento e escassíssima oferta” no mercado nacional.

Fernando Guedes de Oliveira, CEO da Sonae Sierra

Nesta área da promoção imobiliária, a Sierra assumiu no final de 2021, num encontro com jornalistas, o objetivo de investir mil milhões de euros num prazo de cinco anos em mais 300 mil metros quadrados de novos projetos que não centros comerciais e “sempre em parcerias, no mínimo, de 50%/50%”). Esta terça-feira, o CEO calculou que desse plano estão já executados ou comprometidos 700 milhões de euros e garantiu que a empresa “vai lá chegar rapidamente”.

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