Medina assume divergência com Pedro Nuno. “A minha posição não mudou” sobre recuperação do tempo de serviço dos professores

Medina explica que o Governo que integrava considerava que apenas se devia fazer a recuperação do tempo de serviço quando tal fosse possível para todos os funcionários. PS mudou de posição.

O ex-ministro Fernando Medina foi confrontado pela diferença nas posições relativamente à recuperação do tempo de serviço dos professores, quando estava no Governo e atualmente enquanto deputado, mas justificou que o que mudou “é quem lidera hoje o PS”. Para o Governo de qual Medina fazia parte, só se devia recuperar o tempo congelado na troika se fosse possível fazê-lo para todas as carreiras, mas agora o PS defende essa possibilidade para apenas alguns grupos da Função Pública.

A questão partiu da coordenadora bloquista Mariana Mortágua, que apontou que Medina tinha dito no ano passado que não havia margem para a recuperação do tempo de serviço dos professores. O ex-governante responde que a sua posição “não mudou nada, o PS teve posição diferente”, numa audição no Parlamento esta terça-feira.

“O Governo de que fiz parte tinha o entendimento que devia haver mudanças nas carreiras relativamente à troika se fossemos capazes de o fazer relativamente a todas as carreiras”, explica Medina. As suas declarações em março do ano passado referiam que era necessário “abranger a totalidade” e para isso não havia margem “e não há”.

Entretanto, “o PS teve o seu processo de eleições, tem um novo secretário-geral, não precisamos de concordar em tudo e a posição que o PS está a assumir é a posição de o fazer relativamente aos professores”. Assume assim uma divergência com a posição de Pedro Nuno Santos, atual secretário-geral do PS que sucedeu a António Costa.

O antigo governante destaca que a recuperação do tempo de serviço para os professores tem uma dimensão financeira “muito diferente de o fazer para os funcionários públicos como um todo”. “Os valores não deixaram de ser o que são, o que mudou é que quem lidera hoje o PS tem posição diferente que o anterior Governo tinha”, resume.

Medina defende ainda a necessidade de dar prioridade à dívida pública, perante as questões de Mariana Mortágua, reiterando que “a dívida pública é um empréstimo que a nossa geração fez junto das gerações futuras” e “certamente ira haver dívida pública no tempo dos nossos netos”.

“Não devemos transformar de forma significativa as disponibilidades em despesa corrente permanente”, argumenta, salientando por outro lado os investimentos necessários, como por exemplo a “futura linha de alta velocidade que ficará para esta e gerações futuras, investimentos nas novas escolas, investimentos imateriais em desenvolvimentos científicos e tecnológicos”.

(Notícia atualizada às 17h05)

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