Miguel Faus estreia nos cinemas esta sexta-feira ‘Calladita’

  • Servimedia
  • 15 Maio 2024

Calladita' a primeira longa-metragem realizada por Miguel Faus será um marco não só pela sua qualidade narrativa e pela história que retrata, mas por ser financiada através de NFTs.

A longa-metragem estreia-se depois de ter ganho o prémio de Melhor Filme no Riviera International Film Fest, bem como o Andrews/Bernard Award no Sundance Film Festival, atribuído por Steven Soderbergh e pela plataforma Decentralized Pictures.

O filme também obteve sucesso em eventos de prestígio, incluindo o Festival de Cinema de Málaga, o Festival das Noites Negras de Tallinn, bem como os festivais de Bari, Amesterdão, Sofia, BAFICI em Buenos Aires, o BCN Film Fest e o Festival Internacional de Cinema de Seattle, consolidando a sua posição como uma obra de destaque no panorama cinematográfico atual.

Calladita” conta a história de Ana, uma empregada doméstica que trabalha numa casa de verão pertencente a uma família abastada da Costa Brava. Através do seu olhar poderoso e perspicaz, é oferecido ao espetador um ponto de vista para um retrato satírico da alta burguesia que o realizador pretendia fazer.

“É um filme que questiona as estruturas de classe e de poder na nossa sociedade e como a dignidade humana e a liberdade sobrevivem dentro destas estruturas que nos dividem e desumanizam”, explica o realizador de Barcelona.

O longa-metragem de estreia de Faus nasceu como uma curta-metragem e a produção do filme, que conta com Ariadna Gil e Paula Grimaldo no elenco, foi possível após recorrer à NFTs, depois de encontrar portas fechadas nos canais tradicionais de financiamento de filmes.

Fascinado pela promessa de uma internet mais justa e descentralizada oferecida pela tecnologia blockchain, a NFTs permitiu que Faus tornasse seu projeto uma realidade. Angariou mais de 750 000 euros através de uma campanha pioneira de crowdfunding que atraiu mais de 600 apoiantes de mais de 60 países, demonstrando o poder da comunidade global e da tecnologia emergente.

“Eu era teimoso na minha determinação em acreditar que tinha razão, que este ia ser um bom filme e que era uma história que merecia ser contada, por isso procurei outra forma, e foi muito natural que essa forma fosse nos NFTs, porque eu já vivia tão imerso nesse mundo dos NFTs”, recorda o realizador e produtor.

Como não havia precedentes de longas-metragens financiadas através desta fórmula, foram necessários cerca de oito meses para gestar todo o projeto, desde a ideia até ao lançamento da coleção em março de 2022 para financiar o filme.

 

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