Yellen desafia UE a juntar-se aos EUA no combate às exportações chinesas

Os Estados Unidos, que aprovaram recentemente um agravamento das tarifas às importações de carros elétricos chineses, recusam as acusações de Bruxelas de protecionismo.

A secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, pediu à União Europeia que se junte aos Estados Unidos nos esforços para reprimir as exportações chinesas de tecnologia verde, alertando que os produtos baratos provenientes da China podem ameaçar a sobrevivência de fábricas em todo o mundo.

Os Estados Unidos e os seus aliados ocidentais devem reagir “de forma unida” à crescente crise da China, defendeu Yellen num discurso realizado na Alemanha, citado pelo Financial Times. A responsável avisou que, caso não sejam tomadas medidas, a entrada de bens baratos chineses pode colocar em risco as próprias indústrias destes países.

Na semana passada, a administração de Joe Biden anunciou um aumento das taxas alfandegárias impostas aos produtos importados da China, com o agravamento mais significativo a ser aplicado sobre os veículos elétricos — dos atuais 25% para 100% já a partir deste ano.

A Casa Branca justifica a medida com a necessidade de proteger os fabricantes norte-americanos do que considera serem “práticas comerciais injustas” do gigante asiático – que, através do Ministério do Comércio, já prometeu retaliar e instou os EUA a cancelar a subida das taxas.

Face a estas tarifas mais elevadas, vários responsáveis europeus criticaram os Estados Unidos. Numa reação ao agravamento das tarifas sobre produtos chineses, o chanceler alemão, Olaf Scholz, alertou para os riscos do “protecionismo”.

Yellen rejeitou essas críticas de protecionismo, justificando que estes aumentos das tarifas foram medidas “estratégicas e direcionadas”, adiantou num discurso em Frankfurt perante uma audiência onde se encontrava o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner.

Apesar dos apelos de Yellen para a União Europeia se juntar aos EUA num movimento para travar as exportações chinesas, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já deixou bem claro que Bruxelas não irá juntar-se ao país na imposição de barreiras às exportações chinesas.

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