Tesouro corta em 38% necessidades líquidas de financiamento em 2024
O IGCP revela que o montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado baixou para 7,4 mil milhões de euros, menos 4,5 mil milhões de euros face à última previsão.
O Instituto de Gestão de Crédito Público (IGCP) divulgou esta sexta-feira a atualização do Programa de Financiamento da República Portuguesa, revelando uma redução de 38% nas necessidades de financiamento do Estado.
Segundo as mais recentes estimativas da entidade liderada por Miguel Martín, as necessidades de financiamento líquidas do Estado para 2024 situam-se agora nos 7,4 mil milhões de euros, menos 4,5 mil milhões de euros face aos 11,9 mil milhões de euros previstos no segundo trimestre, assim como também em dezembro do ano passado, no lançamento do “Programa de Financiamento da República Portuguesa para 2024”.
Esta redução sugere uma melhoria na posição financeira do país, potencialmente refletindo uma recuperação económica mais robusta do que o inicialmente previsto.
O IGCP mantém inalterada as previsões para as emissões de obrigações do Tesouro (excluindo as operações de troca) nos 16 mil milhões de euros — até maio, o IGCP já tinha cumprido 87% do objetivo anual de emissões de obrigações do Tesouro —, mas revê em baixa as emissões líquidas de Bilhetes do Tesouro num montante de 1,3 mil milhões de euros.
Se anteriormente o IGCP previa para 2024 um financiamento líquido do Estado através de Bilhetes de Tesouro num montante de 4,7 mil milhões de euros, agora esse valor fixa-se nos 3,4 mil milhões de euros em 2024.
Sem adiantar datas, o IGCP revela ainda que, para o terceiro trimestre, prevê a realização de alguns leilões de obrigações do Tesouro com colocações esperadas entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros por leilão. Estes leilões contarão com a participação dos “Operadores Especializados de Valores do Tesouro (OEVT) e Operadores de Mercado Primário (OMP), que serão realizados à segunda ou quarta quartas-feira de cada mês”, refere o IGCP.
Para o terceiro trimestre estão ainda previstos a realização de três leilões de Bilhetes do Tesouro. O primeiro ocorrerá a 17 de julho com a reabertura de uma linha a 4 meses com um montante indicativo de 750 milhões de euros.
Os últimos dois leilões irão ser realizados a 18 de setembro por via da reabertura da linha de 6 meses e do lançamento de uma linha a 12 meses, tendo esta operação um montante indicativo entre 750 milhões e 1.000 milhões de euros.
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