Sondagens dizem que extrema-direita pode ter maioria absoluta nas legislativas francesas

De acordo com as últimas sondagens, a extrema-direita de Jordan Bardella e Marine Le Pen poderá vir a obter a maioria absoluta. A dúvida reside na força política que seguirá na segunda-volta.

As últimas sondagens indicam que o Rassemblement National pode ter entre 260 e 295 lugares, sendo necessários 298 para atingir a maioria absoluta, na primeira volta das eleições legislativas francesas que se realizam no próximo domingo. Nova Frente Popular, coligação de esquerda, deverá ser a segunda força mais votada. Partido do presidente Macron ficará em terceiro.

De acordo com as últimas sondagens, a extrema-direita de Jordan Bardella e Marine Le Pen poderá vir a obter a maioria absoluta. As sondagens sugerem que o Rassemblement National (RN), reforçado pelo bloco de dissidentes liderados por Eric Ciotti dos Republicanos, poderá atingir os 36%, seguido da Nova Frente Popular, coligação de esquerda que envolve socialistas, comunistas ecologistas e o França Insubmissa, que pode chegar aos 29% no melhor cenário.

O partido liberal do presidente Emmanuel Macron surge em terceiro lugar, conseguindo entre 19,5 e 21% dos votos dos franceses. Os franceses estão entre uma possível maioria absoluta de extrema-direita ou a ausência de uma maioria clara, o que gera uma maior instabilidade política.

Para alcançar a maioria absoluta, os partidos precisam de ter, no mínimo, 289 lugares. O RN poderá ter entre 260 e 295 lugares, aparecendo depois a Nova Frente Popular, que alcança entre 155 e 175 assentos.

O partido do presidente Macron oscila entre os 85 e os 105 mandatos, enquanto a direita, concentrada nos Republicanos, deverá obter entre 30 a 40 lugares.

A extrema-direita tem vindo a alavancar a sua crescente popularidade com base no sentimento de insegurança dos franceses. As forças políticas estão profundamente polarizadas e poderá ser difícil encontrar qualquer forma de cooperação parlamentar. Os liberais do partido presidencial no poder parecem estar a apaziguar o tom do debate político.

“Também me propus a este objetivo. Que consigamos ter uma democracia, uma Assembleia Nacional – que seja talvez mais viva, menos brutal. Será bom, penso eu, para o debate público e para os franceses”, salientou Gabriel Attal, primeiro-ministro francês.

“Ele ou ela [o candidato a primeiro-ministro] será aquele que permitirá a união de toda a esquerda e dos ambientalistas. Porque precisamos, primeiro, de reunir esta maioria e, depois, de reunir os franceses”, destaca Olivier Faure, da Nova Frente Popular.

O presidente francês Emmanuel Macron, liberal, terá de liderar o país em coabitação com um primeiro-ministro de extrema-direita ou com alguém do centro-esquerda.

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