Iniciativa Liberal pede ao Governo atualização de escalões de IRS

Rui Rocha, que esteve reunido com o primeiro-ministro esta segunda, reforçou a necessidade de aliviar o esforço fiscal sobre o rendimento e sobre o trabalho.

O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, quer que o Governo atualize os escalões do IRS, permitindo um alívio do imposto sobre os rendimentos do trabalho. O líder do partido, que esteve reunido com o primeiro-ministro Luís Montenegro esta segunda-feira, pediu ainda ao Executivo que altere um mecanismo de modo a garantir que quem ganha salário mínimo não paga IRS.

“Pedimos (ao Governo) que, pelo menos, atualize os escalões do IRS, que nos últimos anos de [António] Costa não foram atualizados. Não havendo uma atualização dos escalões do IRS significa que houve um aumento do imposto durante esses anos”, adiantou o líder do Iniciativa Liberal, em declarações aos jornalistas.

Rui Rocha, insistindo no modelo de duas taxas de 15% e 28% a aplicar ao universo dos contribuintes, voltou a reforçar: “Temos de fazer um esforço de aliviar o imposto sobre o trabalho e sobre o rendimento”

Ainda no que diz respeito ao rendimento, a IL realçou que, “no modelo atual, é possível que em determinadas circunstâncias, pessoas que ganham o salário mínimo acabem por pagar IRS”. “Pedimos ao Governo que se faça uma alteração do mecanismo que permite isso, impedindo que alguém que ganha o salário mínimo, em alguma circunstância possa pagar imposto“, disse Rui Rocha.

Outra das propostas da IL, já entregues ao Governo, passa pela redução do ISP na dimensão dos recentes aumentos da taxa de carbono, com Rui Rocha a justificar esta medida face à “ausência de soluções” para muitos portugueses em matéria de utilização de transportes públicos.

Numa crítica dirigida a partidos como o Chega, mas sobretudo ao PSD e PS, Rui Rocha disse que os liberais não querem participar na atual “novela orçamental”, caracterizada por um “teatro” em torno de hipotéticos avanços e recuos – “um espetáculo lamentável” que considerou “não responder aos anseios dos portugueses”.

Do ponto de vista político, o presidente da IL fez também questão de frisar que, apesar de estar a apresentar ao Governo este primeiro conjunto de propostas orçamentais, o seu partido “ainda não tomou qualquer posição (em termos de possível sentido de voto) relativamente à proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano.

Luís Montenegro reuniu-se esta segunda-feira com o líder do Chega, André Ventura, e com o presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, sobre a viabilização do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

Estes encontros acontecem quatro dias antes de Luís Montenegro receber na sexta-feira o líder do maior partido da oposição, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos. Não estão previstas reuniões com outros líderes de partidos com assento parlamentar, sabe o ECO. BE e PCP já se puseram de fora ao anunciar que irão votar contra e os quatro deputados do Livre e a parlamentar única do PAN, cujas posições ainda não estão fechadas, não são determinantes para a viabilização do OE2025.

Notícia atualizada com mais informação às 11h58

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