IRS Jovem dá ganho até cerca de 2.700 euros por ano. Veja as simulações
Poupança é mais acentuada no sexto e sétimos ano do benefício para um salário bruto mensal de 2.000 euros, uma vez que regime em vigor só dura cinco anos e o novo vai durar 10 anos.
A nova proposta do IRS Jovem, que consta do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), vai dar um benefício anual que pode ir até 2.687 euros ou cerca de 2.700 euros no sexto e sétimo anos da medida, no caso de um salário bruto mensal de 2.000 euros, em comparação com o atual regime, segundo as simulações da EY para o ECO.
Os cálculos foram realizados para um trabalhador dependente, solteiro e sem filhos, considerando os 250 euros de despesas gerais e familiares para dedução à coleta e sem os 11% que este contribuinte paga de contribuições sociais.
O benefício é sempre maior no sexto e sétimo anos, independentemente do escalão de rendimentos, uma vez que o IRS Jovem atual só dá uma isenção durante cinco anos, enquanto que o novo regime vai durar 10 anos.
A nova proposta de alteração ao regime do IRS Jovem prevê as seguintes reduções: de 100% no primeiro ano, de 75% do segundo ao quarto ano, de 50% do quinto ao sétimo ano e de 25% do oitavo ao décimo ano, com um limite constante de 55 vezes o Indexante dos Apoios Sociais (IAS), o equivalente 28.009,30 euros, tendo em conta um IAS de 509,26 euros.
Já a medida vigente determina uma isenção de 100% no primeiro, ano, 75% no segundo, 50% no terceiro e quartos anos e 25% no quinto ano, com o limite de 40 IAS (20.370,40 euros), 30 IAS (15.277,80 euros), 20 IAS (10.185,20 euros) e de 10 IAS (5.092,60 euros), respetivamente.
Para ordenados de 1.000 e 1.500 euros por mês a poupança é igual nos dois regimes, no primeiro e segundo anos. Ou seja, conseguem ter uma isenção total do imposto. A diferença é que, com a atualização dos escalões em 4,6%, no próximo ano, o imposto a pagar baixa, logo o benefício poderia ser menor. Mas, na prática, o rendimento livre de IRS continua a ser total, ou seja, estes trabalhadores não pagam imposto nestes dois primeiros anos de atividade.
A partir do terceiro ano, o novo IRS Jovem é sempre mais benéfico face ao regime atual. Um jovem a auferir 1.000 passa a poupar 1.060 euros, o que corresponde a um ganho adicional de 101 euros face ao regime atual, no terceiro ano. O brinde sobe para 470 euros, no quinto ano, e para 950 euros, no sexto e sétimos.
A partir do oitavo ano, como a isenção também baixa para 25%, o ganho também desce um pouco mas continua a ser superior em 475 euros. No conjunto dos 10 anos, este trabalhador vai conseguir poupar 3.973 euros.
No caso de um vencimento de 1.500 euros, o bónus no IRS é de 2.462 euros, superior em 774 euros, no terceiro e quatro anos, face ao regime em vigor. No quinto ano, a poupança sobe 866 euros para 1.710 euros, e, no sexto e sétimo, o ganho adicional é de 1.710 euros.
A partir do oitavo, o benefício desce um pouco mas continua acima face ao regime atual. Este trabalhador consegue ficar com mais 855 euros até ao décimo ano desde a entrada no mercado de trabalho. No conjunto dos 10 anos, este trabalhador vai conseguir poupar 8.305 euros.
Para ordenados de 2.000 euros, o benefício é sempre mais favorável no novo IRS Jovem face ao sistema e vigor desde o primeiro ano. O ganho começa nos 4.289 euros, o que representa um bónus extra de 265 euros, depois avança para 4.030 euros, um aumento de 1.012 euros. No terceiro e quarto anos, a poupança adicional é de 2.018 euros.
No quinto ano, este trabalhador fica com mais 1.681 euros na carteira e, no sexto e sétimo, a poupança extra dispara para 2.687 euros, quando, no regime atual, teria de pagar 4.422 euros de IRS. A partir do oitavo ano, 1.343 euros de rendimento ficam isentos de IRS. Nos 10 anos de benefício, este trabalhador vai ter um ganho total de 16.397 euros.
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