Media

Francisco Pinto Balsemão elogia plano do Governo para os media

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O fundador do grupo Impresa, que não se pronuncia diretamente sobre o fim da publicidade na RTP, saúda o "arrojo do Governo" e aponta outros desafios que também são necessários enfrentar.

Francisco Pinto Balsemão elogia o plano de ação para os media apresentado pelo Governo na semana passada, sublinhando que não o faz “por ser militante número 1 do partido que lidera este Governo” nem por ser “acionista maioritário de um grupo de media em Portugal”. Num artigo de opinião publicado no Público, Pinto Balsemão diz que o aplauso é feito, “primeiro de tudo, como jornalista”. “Parece-me que este plano reconhece a importância da profissão, por perceber que jornalismo enfraquecido e grupos de media enfraquecidos significam uma democracia em risco“, escreve.

Dizendo que não se reconhece “em algumas palavras” de Luís Montenegro (sobre auriculares e perguntas sopradas), Pinto Balsemão – que não se pronuncia diretamente sobre o fim da publicidade na RTP (uma das medidas que tem levantado mais contestação e suscitado mais debate público) – saúda a tomada de iniciativa para o setor em contraste com a “inação dos últimos anos”, referindo que “em 30 medidas, o Governo demonstrou preocupação“.

No entanto, “este arrojo do Governo” é necessário também para fazer face a outros desafios como o de os grandes agregadores de conteúdos continuarem “a usar e abusar” dos conteúdos dos media sem uma compensação, entende o fundador do grupo Impresa, que chama ainda a atenção para “outros assaltantes”, que são as plataformas de inteligência artificial.

“A paixão que tenho por esta nova realidade não me impede de apontar o dedo à forma como a inteligência artificial utiliza textos jornalísticos para a sua produção própria, sem qualquer remuneração. (…) São estas novas realidades que necessitamos de ter em conta. O tempo político precisa de estar adaptado à rapidez das novas ameaças à profissão de jornalista“, defende.

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