“Segundo mandato é uma questão natural”, assume governador do Banco de Portugal, Mário Centeno

  • ECO
  • 15:32

Governador continua sem abrir o jogo em relação a uma candidatura a Belém e considera que é "natural" um segundo mandato no Banco de Portugal.

Mário Centeno considerou que um segundo mandato como governador do Banco de Portugal é uma “questão natural” e manteve o tabu em relação a uma candidatura às presidenciais do próximo ano. “Não é o foco do meu pensamento. Não é uma questão que eu tenha sequer de abordar”, disse em entrevista à RTP esta segunda-feira.

Questionado sobre um novo mandato à frente do supervisor, o ex-ministro das Finanças do Governo de António Costa foi mais claro: “Trabalho para que a função de governador seja desempenhada de forma positiva. Um segundo mandato é uma questão natural quando temos dois mandatos que estão previstos na lei orgânica do Banco de Portugal.”

O mandato de Mário Centeno no Banco de Portugal termina em junho do próximo ano. Recentemente, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que sabe “seguramente” o que irá fazer no próximo verão em relação ao nome do próximo governador, mas não quis adiantar quais os planos. “Ninguém toma uma posição dessas a meio ano de distância”, frisou Montenegro em entrevista à SIC.

Medidas que aumentem procura “só vão agravar problema” da habitação

Mário Centeno disse ainda que sem um aumento da construção de casas novas não se irá “conseguir resolver o problema da falta de habitação” no país. E nesse sentido frisou que “as medidas do lado da procura, aquelas que ou através de impostos ou de facilitação do crédito aumentem a procura, só vão agravar o problema”.

O governador tem sido um dos principais críticos da medida da garantia pública para os jovens que queiram comprar casa.

Em relação à descida do IRC, destacou que a decisão do Governo “tem legitimidade”, mas espera que não coloque em causa as contas públicas. “Se existir uma decisão de ajustar taxas de impostos, nomeadamente do IRC, essa decisão tem legitimidade e só tem que olhar para a frente, dar dois passos adiante e perceber se não coloca a tal capacidade de financiamento em causa e é esse equilíbrio que estou certo sairá do Parlamento”, referiu.

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