Turismo cresce em setembro com ajuda de canadianos e americanos, mas “volta a dar sinais de abrandamento”
Alojamento turístico recebeu um total de 3,3 milhões de hóspedes em setembro. Mercado britânico manteve a liderança das dormidas de não residentes em Portugal, com uma quota de 19,8%.
A atividade turística em Portugal manteve a trajetória de crescimento em setembro. A estimativa rápida publicada esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostra que o setor do alojamento registou 3,3 milhões de hóspedes e 8,4 milhões de dormidas no nono mês do ano, mais 2,8% e 2,4% face há um ano, respetivamente.
No entanto, apesar de os indicadores serem positivos, as “dormidas de residentes registaram um ligeiro decréscimo (-0,3%), correspondendo a 2,3 milhões, enquanto as dos não residentes cresceram 3,5%, totalizando 6,1 milhões”, mostram os dados do INE, que sinaliza que o turismo “voltou a dar sinais de abrandamento”.
No que toca aos mercados externos, o britânico manteve-se como principal mercado emissor (quota de 19,8%), tendo registado um crescimento de 0,2% em setembro, seguido da Alemanha (peso de 11,9%), que decresceu 1,9% no período em análise.
No grupo dos dez principais mercados emissores, os que mais cresceram foram o canadiano (14,6%) e o norte-americano (13,5%). No sentido inverso, o mercado brasileiro e o francês registaram os maiores decréscimos entre os dez principais mercados emissores, com uma quebra de 5,9% e 1,5%, respetivamente.
No nono mês do ano, todas as regiões registaram acréscimo de dormidas, com os maiores crescimentos a verificarem-se Região Autónoma dos Açores (+9,0%), no Centro (+6,2%) e no Norte (+4,6%). A Região Autónoma da Madeira (+0,1%) e o Algarve (0.9%) apresentaram crescimentos mais modestos.
As dormidas de residentes aumentaram no Centro (+6,3%), no Algarve (+2,1%) e no Norte (+0,1%). Em sentido contrário, registaram-se decréscimos com maior expressão na Região Autónoma da Madeira (-8,0%), no Oeste e Vale do Tejo (-5,4%) e na Península de Setúbal (-4,9%). Já as dormidas de não residentes registaram crescimentos em todas as regiões, sendo mais expressivos nos Açores (+13,6%) e na Península de Setúbal (+10,9%).
Na globalidade dos estabelecimentos de alojamento turístico, a estada média foi de 2,59 noites, o que equivale a um decréscimo de 0,4% face a setembro de 2023. O gabinete de estatística dá nota de que a estada média dos residentes (2,09 noites) aumentou 0,3% e a dos não residentes (2,85 noites) decresceu 1,1%.
Neste indicador, a Madeira registou as estadas médias mais prolongadas por parte dos não residentes (4,99 noites), enquanto o Algarve registou as estadias mais longas por parte dos residentes (3,64 noites).
(Notícia atualizada às 11h49 com mais informação)
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