Suecos da Boliden vão ser os novos donos da maior mina portuguesa

Grupo mineiro sediado em Estocolmo, especializado na extração e fundição de cobre e zinco, está prestes a fechar acordo para a aquisição da Somincor, detida pelos canadianos da Lundin Mining.

Os suecos da Boliden, uma mineira sediada em Estocolmo especializada na extração e fundição de cobre e zinco, estão prestes a fechar um acordo para a aquisição da Somincor, que é dona da concessão da mina de Neves-Corvo e é detida pelos canadianos da Lundin Mining.

O principal impulsionador deste acordo com os nórdicos, de acordo com a agência Bloomberg, parece ser a segurança do fornecimento de longo prazo para uma exploração na Noruega (Odda), detida por este grupo com uma capitalização bolsista de 7,4 mil milhões de euros.

O processo de venda da Somincor, dona da maior mina portuguesa, está a ser conduzido diretamente a partir de Toronto e Vancouver pelo Banque de Montréal (BMO) e por uma equipa da Lundin Mining, que está a vender a operação em Portugal e também na Suécia (Zinkgruvan), com vista a apostar no mercado sul-americano.

Como o ECO noticiou em setembro, além da Boliden, na short-list de candidatos a apresentarem propostas vinculativas estavam ainda três grupos australianos – entre eles, a South32, com sede em Perth e cotada na bolsa australiana com um valor de mercado de cerca de oito mil milhões de euros. Em cima da mesa poderá estar um negócio avaliado em mil milhões de euros.

Esta mina portuguesa tem cinco grandes jazigos em produção: Neves, Corvo, Graça, Zambujal e Lombador. Em 2023, a faturação da Somincor apresentou uma queda face ao ano anterior, para 393 milhões de euros, um resultado operacional (EBITDA) de 83 milhões e lucros, em queda, de cerca de 1,5 milhões de euros (13 milhões em 2022).

Mina de Neves-CorvoLusa

De acordo com informação oficial da empresa, o processamento do minério em Neves-Corvo é feito através de duas lavarias. A Lavaria do Cobre processa aproximadamente por ano 2,6 milhões de toneladas de minério de cobre. A Lavaria do Zinco, que processa minério de zinco ou chumbo, tem capacidade de tratar anualmente cerca de 2,5 milhões de toneladas por ano.

No verão, o Governo português disse estar a acompanhar o processo, tendo em conta a “relevância social e económica” da Somincor para os trabalhadores, para a região e para o país”, garantindo que “exercerá as suas competências na garantia de pleno respeito das normas legais e laborais em vigor”. Mas em respostas ao grupo parlamentar do PCP, o Ministério da Economia lembrou que se trata de “uma empresa privada, de gestão igualmente privada”.

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