Portugal paga menos para emitir 1.250 milhões em dívida de curto prazo. Taxas ficam abaixo de 3%

O IGCP colocou dívida com maturidade a seis e a 12 meses, tirando partido do movimento descendente das taxas de juro nos mercados nos últimos meses.

Portugal colocou esta quarta-feira 1.250 milhões de euros em dívida a seis e a 12 meses. O Tesouro português emitiu o montante indicativo mais baixo previsto para esta operação, entre 1.250 e 1.500 milhões de euros, com taxas mais baixas do que nas emissões anteriores comparáveis.

Na linha mais curta, com maturidade em maio de 2025, o IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública emitiu 750 milhões de euros, com uma taxa de 2,646%, inferior aos 3,161% pagos na operação comparável realizada no passado mês de setembro. A procura situou-se em 1,84 vezes a oferta.

Já no prazo com maturidade em novembro de 2025, O Tesouro pagou 2,344% para colocar 500 milhões de euros, com a procura nesta linha a superar em mais de três vezes a oferta (3,11 vezes). Na última vez que Portugal foi ao mercado vender dívida com um prazo comparável, em outubro, a República pagou uma taxa de 2,66%.

O IGCP, que a partir de 2025 vai ser liderado por Pedro Cabeços, que irá substituir Miguel Martín à frente do instituto que gere a dívida portuguesa, regressou ao mercado da dívida de curto prazo num momento em que o mercado da dívida está a ser penalizado pela crise em França.

Ainda assim, e apesar da tensão vivida nos últimos dias no mercado da dívida gaulês, os juros da República continuam a beneficiar do movimento de descida de juros do BCE, refletindo-se em custos de financiamento mais baixos para o país. Com a economia da região a dar sinais de dificuldade — o motor da economia do euro, a Alemanha, está em contração e França com uma crise de dívida — e o índice de preços próximo do objetivo de 2%, a autoridade monetária liderada por Christine Lagarde deverá continuar a descer juros nos próximos meses.

(Notícia em atualização)

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