BRANDS' ECO “Queremos uma Inteligência Artificial responsável que super capacita o humano”

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  • 12 Dezembro 2024

Desde o seu verdadeiro impacto a questões relacionadas com a ética, a Inteligência Artificial é, atualmente, um tema incontornável nas organizações.

A Inteligência Artificial (IA) está a revolucionar todas as áreas das organizações, desde a automatização de tarefas simples até à análise avançada de dados, oferecendo suporte para decisões estratégicas. Numa conversa no Estúdio ECO, Nuno Saramago, Diretor-Geral da SAP Portugal, e Ayise Trigueiros, Solution Advisor – Data & Analytics e SAP Business AI Expert, destacaram a relevância da IA no contexto empresarial, os avanços da SAP nesta área e os desafios éticos que surgem com a sua utilização.

Ambos os especialistas são de opinião que a implementação da IA tornou-se indispensável para as empresas que procuram aumentar a sua produtividade e competitividade. Segundo Nuno Saramago, “mesmo que as organizações não tenham definido uma metodologia para a utilização destas ferramentas, elas entram no dia a dia de forma natural, muitas vezes trazidas pelos próprios colaboradores.”

"O nosso objetivo é pôr a inteligência artificial generativa ao serviço dos processos de negócio das empresas”

Nuno Saramago, Diretor-Geral da SAP Portugal

De acordo com o diretor, na SAP, a empresa está a aproveitar a conjuntura atual para aplicar a inteligência artificial generativa aos processos de negócio nas 26 indústrias que suportam. “O nosso objetivo é pôr a inteligência artificial generativa ao serviço dos processos de negócio das empresas”, afirma, acrescentando que não há como fugir a esta transformação.

Mais produtividade, melhores resultados

Um dos exemplos mais concretos, apresentado por Nuno Saramago, foi como a IA pode resolver disputas complexas de faturação em segundos, tarefa que antes exigia horas de análise manual. Embora, não substitua as pessoas, Nuno Saramago acredita que a IA dá ao ser humano outro tipo de capacidades que ajudam a aumentar exponencialmente a produtividade nas empresas.

“As organizações devem identificar áreas onde a IA possa ser disruptiva”, aconselha Nuno Saramago

Ayise Trigueiros deu exemplos de casos de sucesso: um cliente reduziu 350 horas mensais em tarefas repetitivas, enquanto outro automatizou 99% do tempo gasto em conferências de faturas. “No final do dia, estamos a falar de valores mensais e um impacto muito significativos”, diz.

O desafio ético

A IA não é apenas uma ferramenta para aumentar a eficiência, é também uma tecnologia que requer um compromisso ético rigoroso. A SAP é pioneira nesse campo, tendo criado, já em 2018, um Comité de Ética para o Desenvolvimento da Inteligência Artificial.

Se estamos a utilizar inteligência Artificial generativa num contexto de negócio, temos de garantir que aquela informação e resultados não vão ter alucinações ou qualquer tipo de deduções erradas e completamente aleatórias com as respostas que vão dar às pessoas que estão nas organizações. Tem de ser uma resposta fidedigna e que, no final, possa ser auditável, porque os nossos sistemas são auditáveis e têm de estar de acordo com a legislação em vigor”, explica Nuno Saramago.

A abordagem ética da SAP também se reflete em soluções que promovem inclusão. Por exemplo, na área de recursos humanos, os sistemas da SAP identificam automaticamente disparidades salariais entre homens e mulheres, promovendo decisões justas e transparentes. “Queremos ter uma inteligência artificial que seja uma boa cidadã”, acrescenta Nuno Saramago.

De olhos postos no futuro

Ayise Trigueiros destacou as tendências da IA, que evoluem de chatbots simples para agentes autónomos capazes de resolver problemas complexos e tomar decisões sem intervenção humana. Contudo, a SAP mantém-se firme em operar dentro dos limites definidos pela AI Act, garantindo a conformidade das suas soluções.

Para os gestores de empresas, a mensagem é clara: “As organizações devem identificar áreas onde a IA possa ser disruptiva”, aconselha Nuno Saramago. Num cenário de mudanças rápidas, apostar em IA não é apenas uma opção, mas sim uma necessidade estratégica.

Assista à conversa completa aqui:

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