Uma microbiota saudável pode ajudar a melhorar a qualidade de vida de cães e gatos com determinadas doenças

  • Servimedia
  • 7:20

Quando a microbiota intestinal está desequilibrada, é mais provável que os cães e os gatos desenvolvam problemas de saúde, como perturbações intestinais.

A microbiota intestinal dos cães e gatos desempenha um papel fundamental na sua saúde, tal como acontece com os humanos. Estes microrganismos benéficos, na sua maioria bactérias, que vivem no intestino contribuem para a digestão e a produção de vitaminas. Também apoiam o sistema imunitário, reforçando as defesas naturais do organismo e atuando como barreira protetora contra o crescimento de bactérias nocivas, de acordo com um estudo publicado na revista Frontiers in Veterinary Science.

Quando o microbiota intestinal fica desequilibrado – disbiose – os cães e gatos têm maior probabilidade de desenvolver problemas de saúde, como distúrbios intestinais (síndrome inflamatória intestinal), alergias, problemas de pele, obesidade ou distúrbios metabólicos.

Embora nem sempre seja claro se a disbiose é a causa ou a consequência destas patologias, estudos como o “Molecular-phylogenetic characterisation of microbial community imbalances in the small intestine of dogs with inflammatory bowel disease” concordam que manter uma microbiota equilibrada é crucial para prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida dos animais de companhia.

Uma das doenças que mais afetam os cães e gatos e que representam até 20% das visitas às clínicas veterinárias são os problemas gastrointestinais, incluindo a diarreia. Em casos graves, estas patologias podem levar à desidratação e a complicações graves.

No entanto, a utilização de antibióticos, que tem sido tradicionalmente o principal tratamento para estas doenças, é cada vez mais questionada devido ao seu impacto na saúde e à alteração da microbiota intestinal. Neste contexto, o seu tratamento posiciona-se como uma alternativa promissora para tratar cães e gatos com patologias gastrointestinais.

ALIMENTOS

O principal fator que pode alterar a microbiota é a alimentação. Os alimentos ricos em fibras prebióticas, como a inulina ou os fruto-oligossacáridos, promovem o crescimento de bactérias benéficas no intestino. Além disso, os probióticos, microrganismos vivos que apoiam a saúde intestinal, são cada vez mais comuns nas dietas concebidas para animais de companhia com problemas digestivos.

De acordo com a FEDIAF (Federação Europeia da Indústria de Alimentos para Animais de Estimação), em Espanha existem mais de 9,3 milhões de cães e 5,8 milhões de gatos nos agregados familiares, o que realça a importância de cuidar destes animais de estimação, que são membros importantes das famílias. Um relatório de 2024 refere que os donos gastam, em média, até 45 euros por mês em alimentação, com um foco crescente em produtos que apoiam a saúde e o bem-estar dos seus animais de estimação.

Além disso, o interesse por alternativas mais naturais para o tratamento de patologias reflete uma mudança na mentalidade dos donos de animais de companhia. Embora a indústria alimentar esteja constantemente a inovar, os veterinários e os especialistas em nutrição animal sublinham a importância de sensibilizar os donos dos animais para o papel crucial da microbiota na saúde dos seus animais.

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