Xerox compra fabricante de impressoras Lexmark por 1,5 mil milhões
A Xerox pretende reforçar o negócio e os serviços de gestão de impressão. A aquisição faz com que a Lexmark volte para as mãos de acionistas dos EUA, após ter sido comprada pela PAG Asia Capital.
A Xerox chegou esta segunda-feira a acordo para a compra da fabricante de impressoras Lexmark International por 1,5 mil milhões de dólares (cerca de 1,4 mil milhões de euros) para reforçar o negócio e os serviços de gestão de impressão.
A transação entre as duas multinacionais da indústria gráfica deverá estar concluída no segundo semestre de 2025 – se tiver ‘luz verde’ dos reguladores e dos acionistas da Ninestar – e representa o regresso da Lexmark para as mãos de investidores norte-americanos, depois de em 2016 ter sido adquirida pela chinesa Apex Technology e PAG Asia Capital.
A Xerox vai financiar a operação através de cash flow disponível e financiamento de dívida. O CEO diz que a empresa quer fortalecer o processo de disrupção que tem levado a cabo – por exemplo, tem-se dedicado mais à gestão documental e outros serviços ligados à digitalização empresarial – e estar mais bem preparada “para impulsionar o crescimento sustentável a longo prazo e servir os nossos clientes em todos os mercados”.
Ademais, considera uma oportunidade de evoluir no mercado dos equipamentos a cores A4 e diversificar a distribuição e presença geográfica, incluindo a região Ásia-Pacifico. “A aquisição da Lexmark [reunirá duas empresas líderes do setor com valores partilhados, forças complementares e um profundo compromisso com o avanço da indústria da impressão para criar uma organização mais forte”, referiu Steve Bandrowczak.
Mais parco nas palavras, o presidente e diretor executivo da Lexmark, Allen Waugerman, mencionou apenas a longa história da empresa e o futuro portefólio “mais forte”.
A combinação da Xerox com a Lexmark, cuja sede é em Lexington (estado norte-americano do Kentucky), irá agregar mais de 200 mil clientes em 170 países e produzir em 125 fábricas distribuídas por 16 países. Prevê-se que a transação aumente, no imediato, tanto o lucro por ação (EPS) como o fluxo de caixa (cash flow) e apoie ao cumprimento de um dos objetivos financeiros da estratégia de “Reinvenção” da Xerox: estabilizar a evolução das receitas e do lucro operacional ajustado a dois dígitos.
“Isto será possível através de uma melhor posição competitiva e exposição a segmentos de crescimento mais rápido dentro da impressão. Irá igualmente ser possível realizar a redução de custos em cerca de 200 milhões de dólares, fruto das sinergias identificadas a serem realizadas no prazo de dois anos após o fecho da transação”, detalham os parceiros de longa data.
O rácio de alavancagem da dívida bruta da Xerox diminuirá de 6x a 30 de setembro de 2024 para aproximadamente 5,4x antes das sinergias, enquanto o rácio de alavancagem da dívida bruta deverá ser menos de 3x no médio prazo.
No âmbito deste acordo, o conselho de administração da Xerox cortou o dividendo anual de 1 dólar por ação para 50 cêntimos por ação para dar “maior capacidade incremental para reduzir a dívida, enquanto continua a recompensar os acionistas com um rendimento acima do praticado no mercado”.
A assessorar este negócio esteva a Jefferies, o Citi, o LLC, a Strait Capital Management e os escritórios de advogados Ropes & Gray, Willkie Farr & Gallagher, Dechert e King & Wood Mallesons.
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