Ministra da Saúde admite falhas e sobrecarga da linha SNS24

Já foi aberta uma auditoria interna para apurar as causas dos constrangimentos, indicou Ana Paula Martins. No dia de Natal, o serviço encaminhou uma criança para uma urgência que estava fechada.

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reconheceu, esta quinta-feira, a existência de “falhas de comunicação” e “sobrecarga” na linha SNS24 que podem ter provocado constrangimentos, designadamente o envio, no dia de natal, de uma criança para as urgências do Hospital de Torres Vedras, que estavam encerradas. Entretanto, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) já abriram uma auditoria interna, indicou a governante.

“Parece ter havido uma falha de comunicação entre o hospital e a linha. Quem está na linha a atender tem de saber que aquele hospital já não está a conseguir receber doentes pediátricos, urgentes ou senhoras da área da obstetrícia. Essa informação tem de ser colocada no sistema”, explicou aos jornalistas à margem de uma visita do Hospital de Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro.

Ana Paula Martins disse ter “conhecimento que esse caso aconteceu”. “Já falei com a presidente dos SPMS que já tinha acionada um auditoria interna para saber o que se passou, penso que amanha saberemos o que se passou”, destacou.

Para além disso, a ministra admitiu que a linha tem estado em sobrecarga nestas semanas, devido ao período de Natal e passagem de ano. “São semanas muito difíceis, e tem muito a ver tecnicamente com a sobrecarga da linha, porque passamos de um serviço SNS24 que tinha dois ou três projetos ‘ligue antes de ir para a urgência’ e hoje tem mais de 20 projetos ‘ligue antes de ir para a urgência'”, constatou a mesma responsável.

“A linha está muito sobrecarregada”, insistiu Ana Paula Martins, apesar de o serviço ter sido “reforçado com profissionais”, salvaguardou.

E, para já, não há um plano B como alternativa à linha SNS24. “Como em tudo na vida, depois da auditoria, vamos perceber o que se passou e depois vamos corrigir no prazo de 72 horas”, salientou a ministra.

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