PS pede audição da ministra da Saúde para explicar demissões em três unidades de saúde
Num "período crítico de resposta" nas urgências, o PS defende que "o foco deveria estar na boa articulação de recursos" e não numa "mudança de cadeiras" com motivo de "gestão partidária".
O PS anunciou esta segunda-feira o pedido de audição parlamentar da ministra da Saúde para explicar as recentes exonerações das administrações de três Unidades Locais de Saúde (ULS), considerando que a motivação do Governo foi a “gestão partidária” destes cargos.
“O Grupo Parlamentar do PS vai chamar a ministra da Saúde ao parlamento para esclarecer as exonerações das administrações das unidades locais de saúde de Leiria, da Lezíria e do Alto Alentejo, ocorridas nos últimos dias deste ano”, pode ler-se num comunicado enviado às redações.
O objetivo deste pedido de audição de Ana Paula Martins, segundo os socialistas, é que sejam explicados os motivos que levaram o Governo a decidir estas exonerações quando se enfrenta “um período crítico de resposta aos utentes nas urgências” e “o foco deveria estar na boa articulação de recursos para responder aos utentes”.
“É precisamente neste contexto, que o Governo enceta uma mudança de cadeiras, que só pode ter como motivo a gestão partidária e pouco transparente dos cargos de responsabilidade pública”, acusam os deputados do PS. Segundo o PS, estas exonerações acontecem depois de “um verão onde o Serviço Nacional de Saúde deu várias mostras de incapacidade ao nível da resposta às populações” e na sequência da demissão do então diretor executivo do SNS, Fernando Araújo.
“A política de saúde deste Governo tem sido demitir, exonerar e substituir”, condenam. O PS refere ainda a reação da Associação dos Administradores Hospitalares que apontou “a injustiça de muitas das substituições agora feitas durante este período de festas, bem como o perigo da politização de cargos eminentemente técnicos e não de natureza política”.
Os socialistas comprometem-se a continuar a acompanhar este tema, acusando o Governo “de total incapacidade em cumprir o que prometeu aos portugueses em campanha eleitoral”. O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Lezíria foi demitido pelo Ministério da Saúde, informou na noite de sábado a própria estrutura dirigente numa mensagem de despedida.
Também no sábado o Conselho de Administração da ULS da Região de Leiria, presidido por Licínio de Carvalho, foi demitido pelo Ministério da Saúde, disse então à agência Lusa fonte da tutela. Na sexta-feira, a SIC Notícias revelou que o até à data Conselho de Administração da ULS do Alto Alentejo, presidido por Joaquim Araújo, tinha sido demitido pelo Governo.
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