Smart Pack recebe dez milhões para criar alternativas ao plástico descartável até 2027
O projeto, que tem como objetivo desenvolver materiais biodegradáveis e explorar novos métodos de reciclagem, será desenvolvido por várias empresas do setor do plástico e academia.
O projeto Smart Pack, desenvolvido por várias empresas do setor do plástico e academia, quer criar novas soluções ativas e inteligentes para diferentes aplicações no âmbito da indústria dos filmes e embalagens de plástico. Em causa está um investimento de dez milhões de euros.
A minuta final do contrato de investimento a celebrar entre a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e as diversas empresas e instituições envolvidas foi publicada em Diário da República esta terça-feira e menciona que o “projeto envolve um investimento de, aproximadamente, dez milhões de euros em investigação e desenvolvimento ao longo de dois anos e meio, dos quais 5,5 milhões de euros estão diretamente associados às entidades empresariais que nele participam, e pretende dar resposta aos desafios dos setores dos plásticos, agroalimentar e dos materiais ativos e inteligentes”.
Segundo o despacho assinado pelo ministro da Economia e o secretário de estado da Economia, o projeto Smart Pack – Smart & Eco-efficient Flexible Films “visa a realização de atividades de investigação e desenvolvimento com o objetivo de diminuir a produção e o consumo de produtos plásticos descartáveis, alcançar uma produção mais sustentável através do fabrico de filmes e embalagens flexíveis biodegradáveis por compostagem e recicláveis, aumentar o potencial de reciclagem e desenvolver alternativas aos materiais e aditivos atualmente disponíveis no mercado”.
Com a AICEP em representação do Estado Português, e a Polivouga na qualidade de sociedade líder — empresa localizada em Albergaria-a-Velha que se dedica à produção de filmes e mangas em polietileno de baixa densidade para embalagens, de sacos para a distribuição e comércio tradicionais e de plásticos flexíveis para a agricultura –, o projeto conta com a participação da Danipack, Serviplast, Graphenest e Isolago, das Universidades do Minho, Aveiro e Coimbra, do Instituto Politécnico de Leiria, do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (LIN) e do Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (CENTITVC). Prevê a contratação de onze bolseiros de investigação e a criação de doze novos quadros nas entidades não empresariais e empresariais que integram o consórcio.
O projeto prevê o “desenvolvimento e implementação de soluções em quatro áreas de investigação, materializadas em quatro subprojetos orientados à investigação e desenvolvimento de novos processos, produtos ou serviços, nomeadamente, filmes plásticos agrícolas, filmes e embalagens alimentares, filmes flexíveis inteligentes e reciclabilidade e eco-design. Estes quatro subprojetos estão sustentados em três grandes eixos que se relacionam com novos materiais de alto desempenho, materiais ativos e inteligentes e sustentabilidade”, lê-se no despacho.
Após o projeto, que segundo o despacho se “traduzirá num avanço significativo no estado da arte e na criação de novos produtos e processos”, as empresas preveem aumentar o nível de exportações, prevendo-se que o valor do volume de negócios internacional resultante do projeto seja superior a 13,6 milhões de euros em 2028.
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