Ações do BCP superam barreira dos 50 cêntimos pela primeira vez em oito anos

Desde o início do ano que as ações do BCP acumulam uma valorização de 7,6%. No PSI apenas os títulos da Galp Energia superam o desempenho do banco liderado por Miguel Maya.

As ações do BCP BCP 1,20% ultrapassaram a barreira psicológica dos 50 cêntimos, um marco que não era atingido desde maio de 2016. A valorização impulsionou a capitalização bolsista do BCP para mais de 7,5 mil milhões de euros, reforçando a posição do banco liderado por Miguel Maya como uma das principais cotadas do mercado português.

Os títulos iniciaram a sessão desta segunda-feira a subir 0,80%, para 50,26 cêntimos. O desempenho do BCP em bolsa reflete-se numa rendibilidade acumulada de 7,6% desde o início do ano, colocando o banco na segunda posição entre as empresas do PSI em termos de valorização em 2025. Apenas a Galp Energia, com um ganho de 8,3%, supera o BCP neste aspeto, evidenciando a robustez do setor financeiro e energético no panorama bolsista nacional.

A evolução das ações do BCP na Euronext Lisboa tem sido pautada por uma tendência ascendente iniciada particularmente com o arranque de 2023. Desde então, a cotação dos títulos do banco mais do que triplicaram, passando de 15 cêntimos no final de 2022 para os atuais 50 cêntimos. E recuando até ao mínimo histórico, registado a 28 de outubro de 2020 quando as ações bateram nos 7 cêntimos, verifica-se que a escalada foi bastante significativa.

Evolução das ações do BCP

Esta subida das ações do BCP para níveis não vistos em quase oito anos surge num contexto de contínua evolução positiva dos resultados financeiros do banco e de uma perceção mais positiva por parte dos investidores.

A ultrapassagem da barreira dos 50 cêntimos pode ser interpretada como um sinal de confiança dos investidores na estratégia e na gestão do BCP. Este marco é particularmente significativo considerando os desafios enfrentados pelo setor bancário nos últimos anos, incluindo as pressões regulatórias e o ambiente de baixas taxas de juro.

O recente anúncio do BCP sobre a sua intenção de aumentar a distribuição de dividendos aos acionistas este ano, passando de um payout dos lucros de 30% para 50% — e elevar essa taxa até aos 75% até 2028, pressupondo com isso a distribuição de 3 mil milhões de euros pelos seus acionistas –, também tem contribuído para o otimismo em torno das ações do banco. Esta política de remuneração mais generosa é vista como um sinal de confiança na capacidade do banco de gerar resultados sustentáveis a longo prazo.

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