“Portugal tem posição privilegiada para dar contributo positivo” para transição verde na Europa

"Portugal, do ponto de vista do que é a visão do Governo e estratégia, está em linha com os desafios e competitividade" a nível europeu, afirma o secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira.

O secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, acredita que Portugal tem uma “posição privilegiada”, no âmbito europeu, para ajudar o Velho Continente no processo de transição energética e para uma economia mais verde, e sublinha a necessidade de reforçar o tecido industrial e promover a sua transformação e inovação.

“Ontem ficou claro no discurso da presidente da Comissão [Europeia] que metas e ambições não são negociáveis”, considera o secretário de Estado, que identifica na Bússola para a Competitividade “grandes pistas” para o caminho que se pretende. “Pode é haver uma dúvida na velocidade a que queremos fazer a aplicação”, considera.

O secretário de Estado falava na segunda conferência dedicada às conclusões do Relatório Draghi, organizada pelo ECO em parceria com a PwC, e que se debruçou sobre o tema Indústria Verde.

Independentemente do ritmo a que a Europa prossiga, vê boas perspetivas para o país. “Portugal, do ponto de vista do que é a visão do Governo e estratégia, está em linha com os desafios e competitividade” que têm sido anunciados e apresentado como objetivo, respetivamente, pelas entidades europeias. Olhando aos planos avançados, desde o Relatório Draghi até à Bússola para Competitividade, “Portugal tem uma posição privilegiada para dar um contributo positivo” ao movimento continental.

João Rui Ferreira entende que o ponto de partida de Portugal é interessante na medida em que tem uma grande penetração de energias renováveis e preços “competitivos” da eletricidade, assim como “boas reservas” de matérias-primas críticas, como o lítio. Do seu ponto de vista, para continuar o rumo já “traçado” de Portugal, é necessário reforçar o tecido industrial, aumentar a capacidade de transformação da indústria, aproximar empresas ao longo da cadeia e trazer mais valor para o país.

Estamos a trabalhar [o Governo] nessa reflexão de como podemos ser ainda mais eficientes mas também como podemos chegar às PME [pequenas e médias empresas] e ter esse efeito transformador em vários níveis“, indicou o responsável. Como exemplos de iniciativas já lançadas, apontou um programa, operacionalizado recentemente, de mil milhões de euros e uma nova linha de incentivos para a indústria ecológica. Linhas que têm muito foco na descarbonização da indústria.

Em paralelo, fechar o fosso da inovação é um tema que a Europa identifica como crítico, sublinhou o secretário de Estado, pelo que “Portugal deve e vai estar no pelotão da frente desta nova vaga tecnológica“. Neste campo, assinalou que o Governo tem apostado em acelerar todos os mecanismos relacionados com tecnologias emergentes, nomeadamente no âmbito dos fundos comunitários. Até porque um dos pontos nos quais a Europa está mais atrasada em relação às restantes potências económicas é o acesso a capital, explica, nomeadamente nas fases posteriores de capitalização e crescimento das startup.

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