Altice Portugal propõe salário mínimo de 915 euros. Sindicato critica subida de 0,2%
Após a primeira reunião para negociar a atualização dos vencimentos para 2025, a equipa liderada por Ana Figueiredo avançou com uma contraproposta às empresas do grupo subscritoras do Acordo Coletivo.
A comissão executiva da Altice Portugal propôs atualizar os salários em 0,2%, mas o Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Altice (STPT) defende que é necessário um “maior esforço financeiro” para evitar um “conflito permanente”.
“Foi com grande tristeza e até revolta que os trabalhadores da Altice Portugal tomaram conhecimento através dos seus sindicatos da proposta da empresa para este ano”, revela o sindicato em comunicado enviado hoje às redações.
Após a primeira reunião para negociar a atualização dos vencimentos para 2025, a equipa liderada por Ana Figueiredo avançou com uma contraproposta às empresas do grupo subscritoras do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que passa por fixar o ordenado mínimo em 915 euros, aumentar a tabela salarial em 0,2% e incrementar o subsídio de refeição em 0,6 euros, revelou o STPT.
A entidade sindical liderada por Jorge Félix sublinha que “todos os trabalhadores têm consciência dos desafios exigentes e incontornáveis para a Altice Portugal”, como os encargos com impostos, pensões e juros que “agravam a rentabilidade da empresa face à concorrência”, exemplifica.
Porém, defende que, “sendo este o momento de transformação inevitável, como demonstração de confiança que é necessária para o futuro, mesmo num cenário de contração, é necessário um maior esforço financeiro de forma a melhorar adequadamente a situação salarial e pecuniária dos trabalhadores”.
Além disso, o STPT considera que é possível à Comissão Executiva da dona da Meo acordar valores salariais que não continuem a fazer com que os trabalhadores percam poder de compra.
“É necessário que os resultados financeiros obtidos pelas empresas que constituem o perímetro contratual (do ACT) sejam melhor distribuídos entre o Grupo e os trabalhadores, não devendo ser estes a pagar a clamorosa ‘dívida do Grupo Altice’ aos credores e obrigacionistas”, acrescenta o sindicato.
Por estes motivos, o STPT aponta que “o caráter do processo evolutivo da negociação coletiva deve transformar a negociação num meio de aproximação das partes e evitar que a mesma se transforme num conflito permanente”.
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